Não
é nenhum exagero dizer que o PT é um dos partidos que saem derrotados dessas
eleições. Pela primeira vez em 35 anos, não comandará nenhuma capital do país.
Não estou desdenhando, vou explicar.
Conforme levantamento feito junto ao TSE, o PT viu o total de prefeituras
conquistadas reduzir-se de 254 em 2016 para 183 agora, com o incômodo detalhe
de que as eleições municipais anteriores já haviam sido catastróficas para a
legenda, que despencara de seu recorde de 630 prefeituras em 2012.
Tem mais: tanto em quantidade de
municípios quanto em população governada, o PT ocupa agora o vexatório 11º
lugar no ranking nacional. A referida sigla admite, coisa rara, que sofreu um
dos maiores reveses da sua história. Como também, já se questiona a força do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
É como diria o grande filósofo
Ibrahin Sued: “Os cães ladram e a caravana passa”. Ou seja: enquanto alguns esquerdopatas
teimosos do PT continuam com a retórica rasteira e de coach pé de chinelo, a
caravana das forças de novas agremiações de esquerda vai surgindo, a exemplo de
nomes como Guilherme Boulos (Psol) e de Manuela D’Ávila (PCdoB).
O PT precisa interpretar
corretamente os recados dos eleitores. Tem que apresentar lideranças renovadas.
Não dá para o partido continuar sendo o salvamento sistemático da biografia de
Lula e a defesa de regimes como o venezuelano e o cubano.
Santa idiotice foi colocar o nome de
Lula como opção para atrair votos nessas eleições. Como se viu, o resultado foi
um fiasco para o PT. O garoto propaganda não era dos melhores. O povo cansou
dos desgovernos e preferiu qualquer outro.
Ao seu líder resta o ostracismo. Digo isso com
uma grande tristeza da alma, mas ele está colhendo o que plantou. Entre tantos
percalços, Lula acabou de perder o título de doutor honoris causa da
Universidade Estadual de Alagoas. Conforme o Juiz responsável pela sentença, a
honraria não cabe a alguém condenado pela Justiça. Óbvio, perfeita obviedade.
Com todo respeito devido aos seus fieis militantes,
o Brasil não precisa mais de Lula. Se cair fora da vida política, não fará
falta nenhuma. Ele não inventou a corrupção, mas aperfeiçoou a níveis
inimagináveis, fazendo com que não tivesse adversário à altura em praticamente
todas as áreas de poder do País.
Parece insano – e é. Persistir com a tese
de que Lula ainda é a solução para enfrentar os graves problemas do Brasil.
LINCOLN CARTAXO
DE LIRA
Advogado, Administrador e Escritor
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