quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Cidade de Pompeia

 

            Minha listinha de destinos que quero conhecer aumenta a cada dia. Quanto mais eu pesquiso e leio sobre o mundo de viagens para mais destinos eu pretendo ir. Simples assim.

            E quando há uma referência de algum lugar que eu já estive, aí meu leitor (a) o contentamento é redobrado. Assim aconteceu quando a revista Veja publicou recentemente uma reportagem sobre a antiga cidade de Pompeia, situada a 22 km de Nápoles, na Itália, onde os cientistas encontraram um cérebro humano transformado em vidro pela erupção do vulcão Vesúvio, o que reforça a tese de destruição instantânea. Não é só: o órgão verificado preservou boa parte dos neurônios da vítima.

            Quando visitei esse lugar, tive a sensação de estar visitando uma cidade que ainda é habitada, já que se conservam a maioria dos edifícios e grande parte da decoração das antigas casas. Particularidade, chamativa e macabra da visita, foi a exposição de figuras (pessoas) que ficaram presas nas cinzas, em cujos rostos ainda podemos ver o pânico que viveram. São feridas profundas de uma triste história.

            Pompeia foi uma cidade do Império Romano, que foi destruída durante uma erupção do Vesúvio no ano 79, provocando uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela se manteve oculta por mais de 1600 anos, até ser reencontrada por acaso em 1748.

            Nas áreas arqueológicas de Pompeia, pude conferir que as cinzas e lama protegerem as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também o corpo das vítimas, o que fez com que fossem encontrados do modo exato como foram atingidos pela erupção.

            Há indícios de que os seus habitantes podem ter sido os primeiros recicladores da história. Os arqueólogos descobriram que grande parte dos muros que protegiam a cidade era feita de pedaços de cerâmica quebrada, telhas descartadas, ossos, madeiras e outros objetos reutilizados.

            Olha, mais uma coisa. Impressionante é o zelo na preservação desse patrimônio histórico e cultural da humanidade. Pois um país sem memória é uma país que nega sua história, que nega a identidade do seu povo.

            No Brasil, infelizmente, nesse quesito, estamos à deriva.        

 

               

                                    LINCOLN CARTAXO DE LIRA

                                              Advogado, Administrador e Escritor

 

 

 

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