Minha
listinha de destinos que quero conhecer aumenta a cada dia. Quanto mais eu
pesquiso e leio sobre o mundo de viagens para mais destinos eu pretendo ir.
Simples assim.
E quando há uma referência de algum
lugar que eu já estive, aí meu leitor (a) o contentamento é redobrado. Assim
aconteceu quando a revista Veja publicou recentemente uma reportagem sobre a
antiga cidade de Pompeia, situada a 22 km de Nápoles, na Itália, onde os
cientistas encontraram um cérebro humano transformado em vidro pela erupção do
vulcão Vesúvio, o que reforça a tese de destruição instantânea. Não é só: o
órgão verificado preservou boa parte dos neurônios da vítima.
Quando visitei esse lugar, tive a
sensação de estar visitando uma cidade que ainda é habitada, já que se
conservam a maioria dos edifícios e grande parte da decoração das antigas
casas. Particularidade, chamativa e macabra da visita, foi a exposição de
figuras (pessoas) que ficaram presas nas cinzas, em cujos rostos ainda podemos
ver o pânico que viveram. São feridas profundas de uma triste história.
Pompeia foi uma cidade do Império
Romano, que foi destruída durante uma erupção do Vesúvio no ano 79, provocando
uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela se manteve
oculta por mais de 1600 anos, até ser reencontrada por acaso em 1748.
Nas áreas arqueológicas de Pompeia,
pude conferir que as cinzas e lama protegerem as construções e objetos dos
efeitos do tempo, moldando também o corpo das vítimas, o que fez com que fossem
encontrados do modo exato como foram atingidos pela erupção.
Há indícios de que os seus
habitantes podem ter sido os primeiros recicladores da história. Os arqueólogos
descobriram que grande parte dos muros que protegiam a cidade era feita de
pedaços de cerâmica quebrada, telhas descartadas, ossos, madeiras e outros
objetos reutilizados.
Olha, mais uma coisa. Impressionante
é o zelo na preservação desse patrimônio histórico e cultural da humanidade.
Pois um país sem memória é uma país que nega sua história, que nega a
identidade do seu povo.
No Brasil, infelizmente, nesse
quesito, estamos à deriva.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado,
Administrador e Escritor
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