Já
falei aqui que gosto de garimpar pelos sebos em busca de encontrar um livro
especial, aquela raridade e com preço em conta. Principalmente quando viajo à
São Paulo, onde no centro desta cidade há pelo menos 15 sebos.
Numa dessas garimpadas, mantendo
viva minha paixão pela literatura, caiu em minhas mãos o romance “As Pontes de
Madison”, de Robert James Waller, 1ª ed., 1992. Com olhos fechados, viajei naquele
momento para trás no tempo, até 1995, através do qual estava gravada na minha
memória ao assistir no Cine Tambaú (Hotel Tambaú) essa obra clássica, tendo
como protagonistas famosos Clint Eastwood e Meryl Streep.
É a história de Robert Kincaid,
fotógrafo internacional, e Francesca Jonhson, mulher de um fazendeiro do Iowa
(EUA). Ele, 52 anos, é um fotógrafo a serviço da revista National Geographic.
Viajante estranho, quase místico, dos desertos árabes, rios distantes e cidades
antigas, ou seja, um homem que se sente fora de sintonia com seu tempo. Já
Francesca, 45 anos, outrora uma jovem noiva de guerra da Itália, vive nas
colinas do sul de Iowa com as memórias bruxuleantes de seus sonhos de garota.
Pois é. Cada um deles vive seus dias em sossego;
mas quando Robert Kincaid viaja através do calor e da poeira de um verão de
Iowa e entra pelo acesso da fazenda dela para pedir informações, as ilusões de
ambos se desfazem e os dois são reunidos por uma experiência de beleza incomum
e atordoante, uma experiência que irá obcecá-los para sempre.
Detalhe: sempre fui fisgado pela glória
e pelo romantismo da fotografia, e agora, pela revelação de Robert Kincaid, de
que a luz é que fotografa, não os objetos. Se a luz for boa, poderá encontrar
algo para fotografar.
O resultado dessa belíssima história é
uma experiência apaixonada e profundamente comovente em prosa lírica.
LINCOLN CARTAXCO DE
LIRA
Advogado e
mestre em Administração
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