A
indústria fecha o trimestre sob a gestão Jair Bolsonaro em queda de 0,7% em
relação ao período anterior. Não é para menos. O governo não demonstrou ainda
segurança e lucidez nas suas propostas para podermos sair da atual crise. Cada
dia uma decisão, uma orientação, uma revogação do dia anterior.
Devo confessar aqui que meu voto em
Bolsonaro teve duas motivações principais: primeiro, era a alternativa para
livrar o Brasil do lulopetismo, dos governos de Lula e Dilma e, segundo, era a
perspectiva de uma nova visão de gestão pública, baseada na eficiência, na transparência
e nas boas práticas republicanas.
Aos olhos da população, dar a
impressão que a ficha ainda não caiu para Bolsonaro, que não alcançou àquela
frase atribuída a Tom Jobim: “O Brasil não é para principiantes”. Já lhe estão
comparando ao caricato e excêntrico ex-presidente Jânio Quadros com suas
atitudes excêntricas, com pitadas de humor.
Como não bastasse, percebe-se que
Bolsonaro não enquadra seus filhos, que vêm fabricando crises sucessivas. Agem
como se fossem arruaceiros, paranóicos e inconsequentes. Não enxerga que tal
comportamento eles desgastam a credibilidade do pai e prejudicam o governo ao
atacar o vice-presidente. É prova de uma ignorância e aberração sem par, de
picuinha ideológica, de colonialismo mental.
As palavras mágicas ajuste fiscal,
repetidas como mantra pelo “Posto Ipiranga” (leia-se: Paulo Guedes), significam
acertar as contas. Porém, é preciso um padrão mínimo urgente de aquecimento econômico,
principalmente para incrementar a oferta de empregos, até para que o debate
ideológico flua. Do contrário, cairemos no descrédito e continuaremos a enxugar
gelo.
O presidente Bolsonaro e sua equipe
têm que estarem imbuídos de propósito e consciente que estamos diante de um
momento único e decisivo para o futuro do País.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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