terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O jornalista Boechat


            Fiquei a monologar: puxa! Ainda sinto com muito pesar a despedida desse grande profissional da imprensa. Com sua partida, deixa o ilustre jornalista uma lacuna a ser preenchida no jornal nacional.
            Ele sempre teve meu profundo respeito pela pluralidade, pela maneira equilibrada e pela atitude desassombrada de ver o mundo. Um jornalista destemido e autêntico que nunca se curvou diante do interesse dos poderosos.
            Pinço aqui, entre tantas, uma declaração da ex-senadora Ana Amélia sobre o seu papel na imprensa: “A morte do jornalista Ricardo Boechat silencia uma das vozes mais importantes da crítica contundente e responsável do jornalismo brasileiro. Inteligente, inquieto e com uma forma inconfundível na comunicação com os ouvintes e telespectadores. Broechat brilhava sempre”.
            Era um defensor intransigente da verdade e do cidadão de bem, crítico de uma sociedade marcada pela corrupção. Jamais mercadejou suas ideias. Ninguém escapava da sua verve afiada e pontiaguda. Por isso, virou símbolo, o máximo de excelência.
            Ouvi-lo e/ou assisti-lo era um momento para refletir sobre os nossos males tupininquis que ele tanto combatia. Tinha capacidade de bater no ponto certo, sem utilizar malabarismos retóricos. Realista e irônico, seus comentários tinham conteúdo, longe do populismo barato ou desconexão com a realidade.
            É. Boechat deixará imensa saudade em nossos corações. Perde-se uma das vozes mais influentes, combativas e ativas da televisão e do rádio brasileiro. Dando voz ao povo com sua crítica corajosa, direta e simples. Ao mesmo tempo, passava bondade e doçura àqueles à sua volta, à família e aos colegas colaboradores. Seu nome, sim, ficará gravado na história da imprensa nacional.
            Com certeza: Ricardo Boechat ficará guardado no cantinho de memória das boas coisas deste Brasil. E toca o barco!

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