Já vivi 63 anos até a data em que
escrevo este texto. E não há nada melhor e mais exuberante do que a felicidade.
Ela materializa um supremo e soberano bem.
Mesmo quem diga que “estar feliz” é um
momento fugaz. Pra mim pouco importa quanto tempo dure. A verdade é que me
senti a pessoa mais feliz do mundo quando abracei meu neto Adam (de dois anos),
pela primeira vez, até então não o conhecia pessoalmente, e sim, pela internet.
Em razão do mesmo residir com seus pais na cidade de Adelaide (Austrália), do
outro lado do planeta.
Demorei a me dar conta desse especial
encontro. No aeroporto, onde já me guardava, aceno, ele sorriu e eu sorri de
volta. Já cansado, arriado pelo transtorno da viagem (30h de voo), ele sem me
conhecer direito, abriu os bracinhos e junto com os meus nos entregamos às
delícias da felicidade. Em seguida, girei o pescoço para olhar os outros
passageiros, que nos observavam atentamente àquela manifestação de alegria e de
pura beleza entre o avô e o seu primeiro e único neto querido. Dizem que parece
comigo. Acho que sim! Seria tolo fingir modéstia.
Naquele instante, naquela circunstância,
confesso que senti uma energia pessoal, poderosa e afetiva. Encheu-me de
reverência e devoção. Dando-me uma vontade sublime de orar, alegrar-se e chorar
por esse encontro de alegria, bem-estar, euforia e indestrutível felicidade. O
que me faz olhar para trás, hoje, e concluir que a vida não me deve nada.
E diante de tal sentimento, mesmo nem
sendo de muita religião, invoquei a Deus e a toda sua corte celeste, rogando
que não deixasse, por nada deste mundo, que esse virtuoso dia (da noite) não
acabasse. Que fosse eterno, se possível.
Renovo a minha fé, apesar de todas as
turbulências que a vida nos impõe, é de que existimos para brilharmos e sermos
felizes. Então: “Ave Adam!” por esse encontro mágico e de encantamento soberbo.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e
mestre em Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário