segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Epidemia das fake news


             Ainda bem que o processo eleitoral chegou ao fim, pois eu já não mais suportava a circulação de tantas notícias falsas, conhecida por todos como fake news. Como se não bastasse o quadro crítico que vivemos hoje com uma grave crise de valores, amplificada por ideologias e transtornos agudos, pelos quais não sabemos e não conseguimos visualizar onde desaguarão.
            A história mostra que as mentiras, rumores e boatos sempre assombraram eleições. A novidade atualmente é que, com as redes sociais, eles circulam com muito mais rapidez e atingem muito mais gente. Em algumas circunstâncias, em especial quando a disputa é apertada e a corrente de desinformação surge nos últimos instantes.
            Ora, sua escalada industrial, sua velocidade de propagação e sua capacidade cirúrgica têm provocado estragos a imagem dos candidatos, como também, têm deixado inerte a Justiça Eleitoral para que identifique aqueles por tais ilícitos. Comprometendo assim a lisura do pleito. Mostrando que a fabricação de notícias é crime que deve ser combatido com a responsabilidade e firmeza.
            Numa luta por corações e votos, não houve limite nestas eleições: era ódio para lá, acusação para cá. Pedrada para lá, facada para cá. É bloqueada para cá, excluída para lá. Era uma banalidade do mal. Uma verdadeira epidemia de mentiras. E, infelizmente, sejamos honestos, a Justiça Eleitoral travou uma guerra perdida contra fake news. Ou seja: faltou flagrar aquele com cara de quem foi pego com “batom na cueca”.
            Para minimizar o problema, o Whats App adotou um teste: o destinatário é informado se o texto que recebeu foi escrito por seu remetente ou está sendo encaminhado. É um tímido paliativo, como tem acontecido com medidas adotadas pelo Facebook e pelo Google, pois as mentiras não deixam de circular nem são rastreadas. Não faz nem cócegas perto de tudo que é falso.
            Ops, acabou o espaço. Ainda havia muito a comentar.

                                          
                                                     LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                      lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                             Advogado e mestre em Administração

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