Ainda
bem que o processo eleitoral chegou ao fim, pois eu já não mais suportava a
circulação de tantas notícias falsas, conhecida por todos como fake news. Como
se não bastasse o quadro crítico que vivemos hoje com uma grave crise de
valores, amplificada por ideologias e transtornos agudos, pelos quais não
sabemos e não conseguimos visualizar onde desaguarão.
A história mostra que as mentiras,
rumores e boatos sempre assombraram eleições. A novidade atualmente é que, com
as redes sociais, eles circulam com muito mais rapidez e atingem muito mais
gente. Em algumas circunstâncias, em especial quando a disputa é apertada e a
corrente de desinformação surge nos últimos instantes.
Ora, sua escalada industrial, sua
velocidade de propagação e sua capacidade cirúrgica têm provocado estragos a
imagem dos candidatos, como também, têm deixado inerte a Justiça Eleitoral para
que identifique aqueles por tais ilícitos. Comprometendo assim a lisura do
pleito. Mostrando que a fabricação de notícias é crime que deve ser combatido
com a responsabilidade e firmeza.
Numa luta por corações e votos, não
houve limite nestas eleições: era ódio para lá, acusação para cá. Pedrada para
lá, facada para cá. É bloqueada para cá, excluída para lá. Era uma banalidade
do mal. Uma verdadeira epidemia de mentiras. E, infelizmente, sejamos honestos,
a Justiça Eleitoral travou uma guerra perdida contra fake news. Ou seja: faltou
flagrar aquele com cara de quem foi pego com “batom na cueca”.
Para minimizar o problema, o Whats
App adotou um teste: o destinatário é informado se o texto que recebeu foi
escrito por seu remetente ou está sendo encaminhado. É um tímido paliativo,
como tem acontecido com medidas adotadas pelo Facebook e pelo Google, pois as
mentiras não deixam de circular nem são rastreadas. Não faz nem cócegas perto
de tudo que é falso.
Ops, acabou o espaço. Ainda havia
muito a comentar.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em
Administração
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