A
fotografia na primeira página do Jornal Correio, após registrar a invasão da
Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, conhecida por PB1,
que culminou com a fuga de 92 presos, além de chocar, desnuda a situação do
sistema de segurança paraibano/brasileiro. Isso não tem desculpa, não tem mea-culpa.
Com a proximidade das eleições,
tenho visto dos candidatos, com raras exceções, só palavrório, discursos vazios,
promessas que não se cumprem, enganação e mais enganação. Ou seja, sem nenhuma
proposta confiável que possa salvar este Brasil sombrio, dos assassinatos, dos
latrocínios e das lesões corporais seguidas de morte, que expõe um quadro de falência
civilizatória e institucional que se estende há décadas.
Ora, francamente, se os nossos
governantes são incompetentes para manter a ordem e a segurança dos que estão
encarcerados, imagine dos que estão do lado de fora. Tem mais: as nossas
masmorras (penitenciárias) estão em acelerado processo de explosão, pois não
têm condições de segurar tamanha vergonha.
Descaso, corte de verbas, déficit no
quadro de agentes e policiais, ausência de políticas específicas e mimimi sobre
direitos humanos têm sido a causa substancial para a balbúrdia do sistema de
segurança pública. É obrigação reverter à sinistra estatística de um país
responsável por cerca 11% dos homicídios contados no mundo, mas também por
alimentá-la.
É desarrazoado, diante de um quadro
tão degradante. A sociedade é a maior vítima do jogo de empurra entre Estados e
União quando se trata de traçar objetivos e prover recursos para aperfeiçoar as
polícias; de reformar o sistema prisional; de agilizar a Justiça e reduzir a
impunidade.
Se medidas duras não forem tomadas,
vamos perder para o crime. Seria irresponsável dizer que há uma solução fácil
para o problema. Não há. Mas é necessário que se comece a agir imediatamente,
com vigor. E que Deus nos proteja!
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em
Administração
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