Por
esses brasis há uma literatura rica para as façanhas sobre o bêbado. Podemos
dizer: um verdadeiro tratado etílico-científico àqueles que bebem. Que vai do
bêbado caranguejo ao bêbado carrapato.
Para felicidade deles, foi
registrado algumas ações benéficas das bebidas alcoólicas, segundo pesquisas
divulgadas na última edição da revista Veja (22/08), mostrando que o consumo
semanal de “14 latas de cerveja ou 14 taças de vinho ou 14 doses de destilado”
para os homens e “9 latas de cerveja ou 9 taças de vinho ou 9 doses de
destilado” para as mulheres fazem com que se reduz em cerca de 50% o diabetes
tipo2; 47% do surgimento de Alzheimer e 29% do infarto e insuficiência
cardíaca.
Foi o suficiente para que no dia seguinte,
segunda-feira, logo cedo, meu velho amigo Cordeiro me telefonasse para dar essa
grande notícia, coisa que eu já tinha lido. Dando seu testemunho, em primeira
pessoa, sobre a sua experiência e as contradições da importância da bebida
alcoólica. Falava com tanta propriedade, mais parecia que fosse o autor da
pesquisa. Sem tirar sarro da situação: estava na essência, no âmago do seu entendimento
arrasador.
Quando nos encontramos é aquela festa.
“Choro de rir” de seu humor incrivelmente irônico. Descendente de portugueses,
Cordeiro flerta com o estereótipo do machão ao mesmo tempo em que não esconde
traços de doçura, amizade e paixão sincera pela boemia. “Não quero invadir a
praia alheia e, data vênia, também não quero ninguém invadindo a minha”, diz com
graça em referência ao seu habitar (do destilado).
Tudo o que você quiser saber sobre
bebuns, pinguços, paus-d'água, beberrões e cachaceiros, ele sabe como ninguém.
É um estudioso sobre o assunto. Nas suas viagens pelo Brasil, faz questão
visitar bares, botecos e similares para colher histórias de personagens que
fazem parte do porre da cultura etílica.
Quanto à pesquisa, a meu juízo, tudo é
moderação. Até na bebida.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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