É
fundamental limpar esse terreno fértil que vem persuadindo pessoas para
procedimento estético, como é o caso do tal médico conhecido como “Doutor
Bumbum”. Enganando os seus pacientes que buscavam um determinado padrão de
imagem corporal. O cara é uma piada, um escroque, um acinte à inteligência. Sem
nenhuma vírgula de pudor. Cinismo puro!
Essa situação está repetindo pelo
Brasil afora. Infelizmente, os Conselhos Regionais de Medicina, com as vênias
de estilo, não têm sido contundentes contra os seus pseudos profissionais. Por
falta de fiscalização prévia, a punibilidade só ocorre depois do fato
consumado. Exemplo: o caso recente envolvendo a bancária Lilian Calixto que
veio a óbito.
Não adianta tergiversar (virar de
costa) para essa realidade. Mormente que o Brasil permeia o topo no ranking
mundial de intervenções estéticas, só perde para os Estados Unidos. As
cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes e ao alcance como estão
agora. É possível modificar, diminuir, esticar, esvaziar (lipoaspiração) ou
preencher (inserção de próteses de silicone), alterar o tom da pele, e por aí
vai.
Conheço uma pessoa - não entrego seu
nome, nem as iniciais, nem se é homem ou mulher - que já fez mais dez cirurgias
e se gaba por esse feito. Tipo de pessoa capaz de voltar à sala cirurgia
infinitas vezes, até se tornar irreconhecível (para se mesmo).
Sob tal realidade, Drª.Vivian
Diller, autora do livro “Encare o Espelho” destaca que as pessoas tendem a exagerar
suas imperfeições, querendo livrar-se delas. Porém não percebem que são esses
pequenos detalhes que compõe nossa identidade, e após realizarem mudanças
radicais em suas feições faciais, esse senso de identidade pode sumir, gerando
distúrbios psicológicos que antes eram inexistentes.
Uma conclusão é inescapável: a
pressão externa, através da mídia e dos padrões de beleza, acaba deturpando o
indivíduo em sua percepção de si.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em administração
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