A verdade, em português claro, nós
sempre fomos um pouco vira-lata na questão de disciplina de meio ambiente.
Todavia, há mudanças positivas ocorrendo no Brasil e no mundo quando o assunto
é lixo, especialmente os plásticos descartáveis.
Li esses dias de que, no início
deste mês, foi realizado em Brasília o “1º Congresso Internacional Cidades Lixo
Zero”, que promoveu uma intensa troca de experiências bem sucedidas de redução
drástica de resíduos em algumas cidades, não só aqui como no mundo.
É o caso, por exemplo, de
Florianópolis, que aproveitou o encontro para se tornar a primeira cidade do
Brasil a ter oficialmente um Programa Lixo Zero. De acordo com o Decreto nº
18.646, a capital catarinense elegeu como meta reduzir em 60% o envio de
resíduos secos (materiais recicláveis) e em 90% de resíduos orgânicos para
aterros sanitários até 2030.
Como se vê, uma boa notícia. Na Câmara
Municipal do Rio Janeiro também aprovou recentemente o banimento dos canudos
plásticos descartáveis, que deverão ser substituídos por canudos de papel
biodegradável e/ou reciclável.
Trazer à luz essas medidas é um
começo. A farra da plasticomania é crime de lesa-planeta. Basta de
irresponsabilidade. Até a empresa Coca-Cola acordou para esse problema que é
genuinamente solúvel. Em Davos, no “Fórum Econômico Mundial”, ela demonstrou a
intenção de reciclar até 2030 uma quantidade de embalagens equivalente a tudo o
que for produzido pela empresa no mundo inteiro.
A China, por sua vez, rendeu-se ao
combate ao plástico descartável. Tomou a decisão de não mais receber resíduos
de países ricos. O que vinha sendo um negócio lucrativo desde a década de 1980.
Porém, vinha entupido a China de lixo.
Ainda bem. São medidas como essas,
alvissareiras, que nos fazem acreditar na sensibilidade humana.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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