O
que nos traz de volta ao Facebook é a sua espetacular velocidade: passou de 100
milhões de usuários em 2008 a mais de 2,1 bilhões atualmente, adicionando 50 a
100 milhões por trimestre, constantemente se tornando “a praça da cidade” do
mundo.
Por efeito, passou a ter uma receita
incrível de US$ 40,7 bilhões somente em 2017. Por outro lado, esse aplicativo
está sujeito aos “deepfakes”: uma forma mais recente de manipulação de mídia
digital e uma das mais evidentemente abertas a trapaças. Não é difícil imaginar
o uso dessa tecnologia para difamar políticos, criar vídeos pornôs falsos para
fins de revanche ou plantar provas contra alguém.
Já publiquei neste espaço, que
precisamos ter uma visão “pé atrás” com as redes sociais. Ora, a internet
tornou o mundo um quintal ainda menor do que já era, e que as notícias,
principalmente as más, se espalham com velocidade assustadora.
Além disso, segundo os médicos
neurologistas, o Facebook está cheio de recursos como “curtir” que pontuam sua
experiência de navegação com ondas neurológicas levando, esse é o perigo, os
hackers a explorar a vulnerabilidade da psicologia humana.
O outro problema: pesquisam mostram
que o público nunca confiou tão pouco na mídia, mas consome mais notícias do
que nunca. Esses dois dados profundamente perturbadores sugerem que o Quarto
Estado, aquele projetado para informar o público e fazer uma verificação
crucial do poder, está, em vez disso, transformando-se simplesmente em um
produto de distração ou quinquilharia pura.
Vou à síntese. Confesso que utilizo
o Facebook, mas não sou um viciado contumaz como vejo por aí, teclando que nem
doido. Não aceito qualquer solicitação de amizade (critério: prudência). Deleto
notícias sem nenhuma razoabilidade. Faço uso como forma de entretenimento, de
troca de conhecimentos e notícias entre os amigos/familiares.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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