terça-feira, 17 de julho de 2018

A polêmica do Facebook


            O que nos traz de volta ao Facebook é a sua espetacular velocidade: passou de 100 milhões de usuários em 2008 a mais de 2,1 bilhões atualmente, adicionando 50 a 100 milhões por trimestre, constantemente se tornando “a praça da cidade” do mundo.
            Por efeito, passou a ter uma receita incrível de US$ 40,7 bilhões somente em 2017. Por outro lado, esse aplicativo está sujeito aos “deepfakes”: uma forma mais recente de manipulação de mídia digital e uma das mais evidentemente abertas a trapaças. Não é difícil imaginar o uso dessa tecnologia para difamar políticos, criar vídeos pornôs falsos para fins de revanche ou plantar provas contra alguém.
Já publiquei neste espaço, que precisamos ter uma visão “pé atrás” com as redes sociais. Ora, a internet tornou o mundo um quintal ainda menor do que já era, e que as notícias, principalmente as más, se espalham com velocidade assustadora.
            Além disso, segundo os médicos neurologistas, o Facebook está cheio de recursos como “curtir” que pontuam sua experiência de navegação com ondas neurológicas levando, esse é o perigo, os hackers a explorar a vulnerabilidade da psicologia humana.
            O outro problema: pesquisam mostram que o público nunca confiou tão pouco na mídia, mas consome mais notícias do que nunca. Esses dois dados profundamente perturbadores sugerem que o Quarto Estado, aquele projetado para informar o público e fazer uma verificação crucial do poder, está, em vez disso, transformando-se simplesmente em um produto de distração ou quinquilharia pura.
            Vou à síntese. Confesso que utilizo o Facebook, mas não sou um viciado contumaz como vejo por aí, teclando que nem doido. Não aceito qualquer solicitação de amizade (critério: prudência). Deleto notícias sem nenhuma razoabilidade. Faço uso como forma de entretenimento, de troca de conhecimentos e notícias entre os amigos/familiares.


                                            LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                             lincoln.consultoria@hotmail.com
                                              Advogado e mestre em Administração

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