Há
tempo (muito tempo) que eu não assistia a um show musical tão emocionante,
eletrizante, arrebatador como “O Grande Encontro”, ocorrido recentemente no
Teatro Pedra do Reino. Tendo nessa nova formação à presença de Elba Ramalho,
Geraldo Azevedo e Alceu Valença, figuras que se tornaram cult da nossa música.
Em uma noite estrelada de inverno,
os fãs presentes no teatro se esbaldaram ouvindo canções que deixaram marcas
indeléveis na memória de quem já ouviram antes. Suave e melodiosa! Infelizmente
a galera hoje está para Pablo Vittar.
Com tom de nostalgia de uma
época/geração, o repertório do show, pontuado por grandes instrumentistas
(banda), não faltou à apresentação das canções “Anunciação”, “Dia Branco”,
“Tropicana”, “Moça bonita”, “Caravana”, “Coração bobo”, “Táxi lunar” e “Bicho
de sete cabeças”.
Elba estava ótima, como sempre.
Apesar de se queixar de uma leve rouquidão. Com o seu primor de interpretação,
em particular quando cantou “Chão de giz”, foi um presente aos ouvidos e aos
corações. Oportunidade que elogiou o talento de Zé Ramalho, sentindo a ausência
do seu amigo de profissão. Geraldo Azevedo, compositor maravilhoso, onde a
riqueza poética de suas músicas é algo extraordinário, de uma sensibilidade
impressionante e de uma beleza lírica exuberante. Já Alceu Valença parecia uma
figura mística, irreverente, eletrizou a plateia com suas músicas de sucesso.
Todos esfuziantes, correndo na beira do palco para tocar as mãos dos fãs.
Apesar da trajetória de sucesso
dessa trupe de artistas, não se viu nenhuma exposição de vaidade, de ego, nem
deslumbre e tampouco distanciamento com a plateia. Ao contrário, foi uma interação
completa, com incursão em todas as canções.
Saí do show levitando e convicto de
que o mundo um dia vai voltar a ser pleno de amor e de felicidade.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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