Mais de uma vez já me vi tentado a
escrever, e acabei escrevendo sobre o tema “Assédio Sexual”. Agora volto ao
assunto inspirado na excelente entrevista concedida recentemente pela
jornalista e escritora Danuza Leão à revista Veja (páginas amarelas) – simples
de entender e muito correta do meu ponto de vista.
Primorosa a entrevista. Não deixa
nada sem resposta. Sem hipocrisia, sem meias palavras, sem o inferno do
“politicamente correto”. Danuza fala que atualmente as mulheres não são umas
pobres coitadas, não são débeis mentais, não são tontas, burras e fracas. São
perfeitamente capazes de dizer “não” quando um homem chega assediando.
Como de costume, disparou uma de
suas armas favoritas: a sinceridade. Na boa, ela diz que a mulher adora ser
paquerada, uma vez que se sente linda, maravilhosa, poderosa. Sem a paquerada,
não há nada, ficam os homens conversando de políticas e as mulheres sobre
dietas. Sem paquera, não tem transa. Sem transa, não tem filhos.
Toda mulher, segundo Danuza, adora o
assobio do “fiu-fiu”. Vamos ver se ela não vai gostar de tal situação. É claro
que vai, quem não gosta? Ela vai sair de lá se achando e se sentindo
maravilhosa. Esse campo de mulher, homem, sexo, sentimento, paquera e assédio é
uma coisa muito sutil. É difícil colocar regras e leis fixas para isso.
Quando se visita o noticiário,
verifica-se o caso do homem se masturbando dentro do ônibus, do metrô, nas
costas de uma mulher, ele precisa ir para um hospital psiquiátrico. Não é
assédio, é doença mental.
À luz disso, digo eu: infelizmente, e
repita-se infelizmente, estão deturpando a singela relação de conquistar alguém
(pela gentileza e pelo jogo saudável da sedução) com a alcunha de “Assédio
Sexual”. Falo sério! Daqui a pouco pedir alguém em namoro vai ser assédio.
A conclusão de Danuza é que a sedução
faz parte do mundo. Sem ela esse mundo vai ficar chato.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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