Ora,
de tanto ler nulidades, todos os dias, nas manchetes de jornal, nosso âmago
está ficando sombrio. Como se não bastasse, os efeitos da crise agora estão
atingindo os nossos estudantes: sem dinheiro, estão deixando de se matricular e
abandonando cursos.
Algo idiotizado. Porque não dizer
perverso para o conhecimento da futura geração de brasileiros. Pois estamos
careca de saber que educação é a mola propulsora para o crescimento e desenvolvimento
social e econômico de uma nação. Se educação sozinha não transforma a
sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda – já dizia o mestre Paulo Freire.
Trata-se de uma questão dramática
quando se verifica que as Universidades brasileiras estão no pelotão de trás,
revela um novo ranking mundial divulgado recentemente. No geral, o Brasil, que
havia emplacado 27 entre as 1000 melhores do mundo, agora tem só 21. Mas não só
isso: o número de jovens matriculados no ensino superior também encolheu pela
primeira vez em 25 anos.
As notícias não acabam: a crise
econômica, que ceifou empregos e deixou os quem têm trabalho com medo da
demissão, tem espantado muitos aspirantes à universidade. Também a taxa de
evasão dos que já estão lá dentro saltou 44% em cinco anos, a maioria por não
conseguir arcar com as mensalidades. A que ponto chegamos!
Nossos tropeços educacionais estão
custando caro para quem de fato almeja um futuro promissor. Para os países
desenvolvidos somos tratados como seres apáticos desprovidos de inteligência.
Como batessem palmas para a nossa mediocridade.
Não podemos xingá-los por tal atitude,
uma vez que a própria ex-presidente Dilma Roussef não consegue lembrar o
título do livro que tanto havia
impressionado na semana anterior, ou ex-presidente Lula, que não lia livros
porque lhe davam dor de cabeça.
Não acho: minha convicção é que temos
uma eterna síndrome de pequenez na educação.
LINCOLN CARTAXO
DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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