Gosto de ler livros, jornais, ouço
rádio, procuro assistir bons programas de TV, visito internet, uso as redes
sociais, porém sem estresse e longe de ser um vício. Nessa incursão,
atualmente, a crise do Estado do Rio de Janeiro tem dominado a minha
curiosidade.
Não é de se surpreender, por
irresponsabilidade pessoal e administrativa, aliado ao descaso, o ex-governador
Sérgio Cabral foi o seu principal responsável pela situação de desconforto que
passa a população fluminense. O cara praticou todo tipo de trambique e
desfaçatez. Dificilmente ele vai sair tão cedo do xilindró, espero.
Lamentável, o novo ministro da
Cultura, Sérgio Sá Leitão, carioca, que deveria levar um alento aos seus
conterrâneos, preferiu abrir os cofres federais para a elite das escolas de
samba, em vez de prestar socorro às bibliotecas. A festa do Carnaval é
fantástica, mas já conta com verba da prefeitura, apoio dos bicheiros e um
milionário contrato de TV.
Ora, nada contra a folia, mas há
quem precise mais da ajuda do governo. No Rio, três bibliotecas modelo estão
fechadas há sete meses por falta de dinheiro. O Teatro Municipal, por sua vez,
os funcionaram estão sem receber. Acreditem: o primeiro-bailarino da casa virou
motorista de UBER para pagar as suas contas.
Não vejo em curto prazo solução para
o Rio de Janeiro. É bronca para tudo que é lado. O descaso na Cultura também é
nítido. Total desprezo em todas as formas de cultura, de produção, de
transmissão e aquisição de conhecimento.
A frustração do que está ocorrendo
no Rio vem pela constatação que a Gestão Governamental (administrativa) é
decorrente de uma mão lavando a outra. Todos são farinha do mesmo saco. O que
vai tirar essa cambada do poder é o voto, que
pode
punir e colocá-los no esquecimento da política. Quiçá na cadeia!
Por isso, a queixa é geral, em não
acreditar que há futuro neste País do futuro.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e mestre em Administração
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