É preciso reafirmar que o Brasil
necessita de líderes acima de qualquer suspeita. As instituições públicas não
devem servir de escudo aos que enfrentam acusações, tampouco parlamentares
lobistas que utilizam pautas legislativas em busca de vantagens setoriais à
custa do erário.
Para enveredar num rumo virtuoso,
precisamos sim de líderes abnegados e comprometidos com as causas sociais. Não
há nada, nada mais urgente, neste País, do que criar uma geração de novos
líderes à altura das responsabilidades morais e éticas.
A carência de líderes no Brasil
lembra um navegante perdido em oceano tempestuoso, sob céu nublado e sem
bússola nem estrelas para se orientar. O exemplo dos nossos grandes vultos
nacionais foi jogado na lata do lixo da história.
Já vai longe o tempo em que tínhamos
grandes líderes na política, do quilate de um Ulysses Guimarães, Tancredo
Neves, Franco Montoro, Mário Covas, Leonel Brizola... A política ficou com má
fama. Perdeu o sentido nobre. Foi entendida como um lugar de malandro.
A explicação para tal situação é que
a redemocratização dos anos 1980 coincide com o desinteresse dos jovens pela
política, provocada pela desmoralização da prática política, como também, pela
falta de mecanismos de participação na política. Como isso: a política atraiu àqueles
que não encontraram lugar no mercado de trabalho ou de celebridades decadentes.
Isso, caros leitores, é o que está
acontecendo. Faça o esforço que fizer, não dá para não reconhecer essa lacuna
de grandes lideranças no cenário político. Os nomes que aparecem representam o
velho e, pior, mais radicalizado. Lula representa o velho à esquerda. Bolsonaro
representa o velho à direita. Dória aparece com uma visão burocrática,
gerencial, mas que ainda não foi testado. Logo, não é preconceito. É uma
obviedade.
Enfim, falta ao Brasil um líder com
uma visão modernizadora da política, baseada nos princípios de inclusão social,
responsabilidade fiscal e modernização na área dos costumes.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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