Espiei
com rabo de olho e vi (ouvi|) a conversa hilariante de dois rapazes:
-Tá rindo do quê?
-É que tá chegando o dia do Natal e tá
todo mundo liiiiso...kkkk
É verdade que às vezes este País
chega a dar preguiça. Ou pior: um desânimo que beira o niilismo. Ora, não é pra
menos, aqui os políticos vivem à beira do xadrez, na mira da polícia e na
dependência de sentenças judiciais. Sem falar do nosso atual desastre
econômico.
Tudo isso traz um grande mal-estar,
crises e mudanças, incertas e penosas. Michel Temer, por sua vez, ao tomar
posse como presidente, anunciou um governo de “solução nacional”. Infelizmente,
chega ao fim do ano com a popularidade em baixa e ameaçada pelas delações da
Odebrecht.
A indignação pode ter lá seu efeito
anestésico, mas a anestesia uma hora passa. Aí o teto pode ruir, o mau humor
das ruas e a incompetência dos líderes políticos até de manter a casa de pé –
correndo o risco ainda de eles serem punidos pelo juiz Sérgio Moro.
É preciso certa ladainha, é preciso
repetir, você repete uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, é como se
faz nas missas, para a que o Brasil não perca a esperança na Justiça atuante,
célere e eficaz, em direção aos novos tempos.
Bom humor dos brasileiros dá sinais
de certo esgotamento. Sobreviverão politicamente os que souberem ler com
rapidez os sinais dos tempos e corrigir o seu comportamento. Os que assim não
procederem, vão parar na chamada “bacia das almas”.
Afirmação sofismática dos envolvidos na
Lava-Jato é de que são “mentiras absurdas” as inquestionáveis evidências que
fundamentaram às prisões dessa cambada de delinquentes que está atolada no mar
de podridão moral, que enoja cada vez mais os brasileiros.
Agora
é transformar indignação e ânimos acirrados em intensa participação democrática.
Evite desencorajar-se. Faça do otimismo a maneira de viver.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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