Após ler tantas reportagens, não
consegui me conter, e volto ao tema que está em voga em qualquer roda de
conversa. Acho uma perda de tempo imaginar que alguém possa barrar as operações
da Lava Jato. Quem pensa assim dará com os burros n’água. Simplesmente porque
ela passou a representar o patrimônio jurídico e moral do povo brasileiro.
A corrupção, razão da Lava Jato, é uma
praga inútil que insiste em assolar o País, cujo ambiente de promiscuidade
entre público e privado tornou-se terreno fértil para essa mazela que, a mim,
me ofende como cidadão e me deixa cada vez mais estarrecido, como tenho dito.
Digo mais: essa trupe (figuras
carimbadas) é apontada como erva daninha que corrói valores, agride o bom-senso
e nega a cidadania, que se autoproclamava o dono da ética, lambuzou-se de lama.
Urge, portanto, a presença da Lava Jato para combater esse estado de coisa, que
não fique pedra sobre pedra, doa a quem doer.
Ufa, ainda há esperança. A lava Jato
é a esperança. É o caminho a trilhar, com coerência, transparência e respeito às
leis, sem desvios ou concessões. Veja o tamanho do seu desafio: livrar o Brasil
de uma das maiores metástases dessa doença chamada corrupção. Que todos sejam
severamente punidos, banidos da vida pública e confiscados os seus bens.
Mais espantoso ainda, diante das
investigações, segundo uma metáfora política, o presidente interino Michel
Temer está numa situação, digamos, maligna por está preso sem remissão nas malhas
de uma rede de malfeitores e chantagistas. Há, pois, razões de sobra para que o
povo brasileiro apóie a Lava Jato, investigando e condenando os corruptos.
Pensar diferente, é não gostar do Brasil. É o mesmo que acabar com o Bolsa
Família, privatizar a Petrobras , e por aí vai.
Afinal de contas, o fato de
deputados irem a julgamento por seus malfeitos, empreiteiros corruptos irem
para a cadeia e ex-presidentes serem investigados mostra que a democracia
brasileira pode estar a caminho da maturidade.
A operação da Lava Jato, sob o
comando inarredável do juiz Sérgio Moro, tem servido de poderoso detergente,
levantando o véu da promiscuidade entre o público e o privado. Asseverando que
o dinheiro público não tem dono. O proprietário desse dinheiro é o
contribuinte, que trabalha, paga seus impostos e espera o retorno em serviços
de qualidade.
A Lava Jato veio pra ficar. Só assim
mudaremos o Brasil de hoje.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre
em Administração
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