domingo, 12 de junho de 2016

Visita de Obama à Hiroshima

            Recentemente o presidente dos EUA, Barack Obama, visitou a cidade japonesa de Horoshima, onde o seu país lançou a primeira bomba nuclear do mundo. A importância desse acontecimento deve-se ao fato de ser a primeira de um presidente americano em exercício ao local.
            O argumento de sua visita não foi para pedir desculpas pelo ataque nuclear, mas para honrar todos os mortos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A bomba demolidora, que pôs fim a guerra, foi rápida e eficiente como um detergente, uma mata-baratas.
            Alguns historiadores afirmam que a destruição de Hiroshima foi “desnecessária” militarmente. O Japão estava de joelhos, querendo preservar apenas o imperador Hirohito e a monarquia. Uma das razões reais era que o presidente e os falcões da época queriam também testar o brinquedo novo. Truman fala dele como um garoto: “Uau! É o mais fantástico aparelho de destruição jamais inventado!... No teste, fez uma torre de aço de 60 metros virá um sorvete quente!...”. Só uma palavra descreve essa atitude: hipocrisia.
            Ademais, os americanos tinham de se vingar de Pearl Harbour, de surpresa, exatamente como o ataque japonês três anos antes.  Queriam também intimidar a União Soviética, pois começava a Guerra Fria, além, é claro, de exibir para o mundo um show “maravilhoso” de potência – a nova era do império. Lembrando: quem arriscou a própria vida, quem ficou ferido, não apenas fisicamente, mas também na mente e na alma, pelos horrores da guerra, não ficou nada satisfeito com os resultados.
            Tenho aprendido ao longo dos anos que existem muitos caminhos possíveis e muitos atalhos prováveis para mudar o mundo para melhor, mas não através da guerra. Notadamente, agora, que se fala como nunca da paz no mundo, do perdão e da concórdia entre religiões, vale a pena investir neste norte e perceber de que forma podemos contribuir para esta causa mundial da paz entre os homens.
            Só pondo em cada gesto e acrescentando a cada palavra um profundo sentimento de amor, seremos capazes de fazer uma revolução pela paz, a única revolução que faz sentido nos dias de hoje. Remoer coisas do passado, deixar-se prender por mágoas ou ressentimentos, definitivamente, não é a melhor maneira de viver, de existir.
            Já uma vez escrevi que a princípio a guerra pode trazer a sensação de que alguém se deu bem, e outro não, depois vem à surpresa de ver que todo mundo se ferrou.

                                                           LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                           lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                              Advogado e mestre em Administração


            

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