Hoje, o juiz Sérgio Moro personifica
todos aqueles que saíram às ruas para protestar contra a corrupção, contra os
ladrões do dinheiro público. Como diz o matuto, em relação a esse magistrado:
“Sois tampa!”.
As suas decisões são lufadas de
vento fresco em tempos tão poluídos que vivemos atualmente. Atua como cão de
guarda para garantir que a corrupção não tome conta de nosso País. Nada em sua sentença traz imprecisões,
piruetas retóricas ou conclusões que não sejam fundamentadas em fatos,
documentos, depoimentos. Seu trabalho é uma marca de novos tempos, vencendo o
mal pelo bem.
Dane-se quem não quer dar ouvido a
essa realidade. Basta! O povo não aguenta mais ficar calado diante de tanta roubalheira
e da impunidade. Para completar, sem nenhum pudor: chega a ser esquizofrênico a
nomeação do Lula para ministro da Casa Civil. Derrapagem feia! É um acinte à
nossa história, à nossa Justiça e deve ser reprimida. Por isso, o governo está
sem ação: se falar, põe lenha na fogueira; se ficar quieto, será abatido. Ou
seja: O Brasil está se olhando no espelho e não está se reconhecendo.
Para mim (e para a grande maioria
que pensa como eu), antes da participação decisiva do juiz Sérgio Moro, nunca
neste País foi preciso pagar tanta propina, superfaturar transações, investir
em refinarias falidas, subornar políticos, silenciar aliados, socorrer amigos,
comprar medidas provisórias, pagar por palestras fantasmas e todo tipo de boquinhas
que vise beneficiar apadrinhados. Um completo uso e abuso da máquina pública.
Como se sabe, Moro é o juiz
responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná.
Foi um dos propulsores da maior investigação sobre corrupção que o Brasil já
testemunhou. Em momento algum ele não exibe seu poder de maneira ostentatória. Não
fica isolado como se fosse um personagem mafioso de Hollywood. Sem esforço, e
até com certa simpatia, ele colhe o respeito daqueles ao redor.
A Operação Mãos Limpa, na Itália, a
que Moro sempre recorre como exemplo de mudança na corrupção no Brasil. É de se
lembrar que tudo começou em 1992, quando um juiz da comarca de Milão, Giovanni
Falcone, desvendou um esquema de corrupção que terminou expedindo 3.000
mandados de prisão. Levando muita gente graúda para a cadeia.
Para a nossa sorte, no meio de tanta
sujeira, temos a voz de Moro, a voz da Lava Jato.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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