domingo, 6 de dezembro de 2015

Cardápio de meninas

            Quanto mais leio, convenço-me que a prostituição entrou no mercado de luxo e parece que chegou para ficar. É um tipo de negócio que fatura alto e que funciona quase em segredo.
            As garotas agenciadas funcionam como “cardápio de meninas” – como presa e servidora da luxúria. Onde a clientela tem a sua disposição modelos, atrizes, dançarinas, assistentes de palcos de programas de TV, ex-namorada de famosos, semi-celebridades e belas estudantes universitárias. O cachê cobrado é de cair o queixo. Em geral, varia de R$ 4 a 7 mil. Algumas cobram até R$ 10 e 120 mil, outras celebridades cobram muito mais.
            A cadeia econômica desse perfil de atividade da prostituição envolve hotéis de luxo, taxistas, bares e restaurantes de alto nível, lojas de presente, como joalharias e grifes importantes etc. e tal. O perigo é de quem sair do esquema e usar outros serviços fora dessa rede corre o risco de ser extorquido ou até mesmo sofrer outros tipos de violência.
            Há pesquisa que mostra que tais meninas não vieram da pobreza, são bem criadas, mas tampouco são da alta sociedade. Elas dependem do dinheiro da prostituição para se manterem em uma classe um pouco mais alta do que aquela que elas vieram. Na maioria das vezes faz isso para manter os estudos e seu modo de vida.
            Fiquei embasbacado em saber que a indústria do sexo movimenta mais dinheiro que todos os orçamentos militares do mundo juntos. Levando-se em consideração que esse gasto, só no ano de 2013, foi de US$ 1,75 trilhão em armas. Concluímos que a indústria da prostituição é uma das principais economias do mundo.
            Cá comigo, a vaidade para as mulheres é essencial, não fundamental. Vaidade no sentido de estar bem, de buscar o visual estonteante, de se apresentar bela.  Uma vez que, na beleza, desde os contos de fada, foi sempre uma mercadoria valiosíssima.
 Na vida da prostituição, isso é factual. As garotas buscam freneticamente a vaidade a todo custo. O importante é estar deslumbrante, participar da classe social dos clientes consumidores, hospedar em hotéis de luxo, frequentar festas privês, viajar pelo mundo afora. Ou usar o perfume preferido do hiter soçaite hollywoodiano como, por exemplo, o “Fleur de Recaille” para dar mais romantismo aos seus encontros.
 Tudo, nessa atmosfera, rola até aquilo que o compositor Nelson Sargento tão bem tipificou: “O nosso amor é tão bonito, você finge que me ama e eu finjo que acredito”.


                                                 LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                 lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                     Advogado e mestre em Administração




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