segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Chega de impostos!

            Pela enésima vez, urge que se diga: Chega de impostos! Essa estratégia inócua de aumentar impostos, principalmente com a volta da CPMF, é tão transparente quanto um truque de um mágico ruim.
            Tomo meu café, pego o Jornal Correio para ler e, estupefato mais uma vez, leio que a queda de 1,9% do PIB no trimestre, o País entra de vez em grave recessão. Consequências: indústrias paralisadas, desemprego, inflação crescente, juros na estratosfera e desconfiança generalizadas dos agentes econômicos. Financial Times evoca “doente terminal” em editorial sobre o Brasil.
            Tá ruço, não tá? O governo Dilma parece cada vez mais uma biruta de aeroporto. Ela perdeu o bom-senso administrativo, desmilinguiu-se. A ressurreição da CPMF é o novo produto dessa fábrica de trapalhadas. Ao propor tal imposto, o governo voltou a irritar a classe média e, ao mesmo tempo, afugentou empresários que se aventuravam a defender a presidente.
            Mas cá entre nós, o nosso povo não merece mais essa “embromación”. O governo parece não ter percebido que a sociedade, bem como os parlamentares que ajudaram a eleger, não pretende aceitar majoração da carga tributária (roçando os 36% do PIB) sem a devida contrapartida em cortes na máquina pública.
            É necessário tentar pôr alguma ordem nesse “curto-circuito” econômico. É indubitável de que o governo precisa reduzir despesas, tanto discricionárias como obrigatórias, para alcançar o equilíbrio das contas públicas. Aumentar imposto não é a forma mais adequada de se implementar o ajuste fiscal.
            Vamos acabar o faz-de-conta. Deixar de dizer coisa com coisa. Estamos até o pescoço nessa sede de desprezo, de insensibilidade. O tamanho do rombo na economia é proporcional ao desgoverno em ação. Com rara originalidade e exemplar mediocridade, o primeiro governo da presidente Dilma fez um estrago considerável nas contas públicas. Agora, está pagando o preço da gestão equivocada.
            Se a recriação da CPMF tem a vantagem de ser fácil de arrecadar, ela pesa demais na estrutura tributária por se tratar de mero pedágio acionado a cada transferência de dinheiro, à revelia do poder aquisitivo do contribuinte.
            Simplesmente aumentar impostos, pode ser “uma alegria fugaz”, como avisara Chico Buarque.


                                                               LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                                         lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                  Advogado e mestre em Administração
             

            

Nenhum comentário:

Postar um comentário