domingo, 26 de julho de 2015

População indefesa e desarmada

            Está mais que na hora de substituirmos o binóculo por lupas – que nos permitam enxergar mais, ver tudo com mais detalhes, e observar melhor que o Estatuto de Desarmamento (lei 10.826/2004) foi “vendido” pela propaganda oficial como panaceia para acabar com o crime violento.
            Como diziam os nossos avôs, o povo comprou gato por lebre ao receber o referido estatuto. Tudo graças à lógica invertida do desarmamento: entregue suas armas e você estará mais seguro. A verdade é que o diagnóstico precisava ser exato, porque tratar uma pneumonia como se fosse um resfriado mata o doente. Mas tratar uma gripe dando remédios para tuberculose também pode matar.
            Pelo número total de homicídios no Brasil: 2003=51.043; 2004=48.374... 2008=50.113; 2009=51.424; 2010=52.257; 2011=52.197 e 2012=56.337, fica claro pelos dados dos anos seguintes que o Estatuto do Desarmamento (01/07/2004) não reverteu à tendência de alta nos homicídios.
            Outra observação interessante, registrada no livro “Mentiram para mim sobre o desarmamento”, de autoria de Flávio Quintela e Bene Barbosa, são mais perigosas (acidentes) as atividades de andar de bicicletas, limpar a estante, nadar e dirigir do que possuir uma arma em casa.
            É duro dizer: os cidadãos ordeiros que possuem uma arma em casa para sua própria defesa e que depois de entregá-la ao governo passarão a fazer parte dos brasileiros que não tem nada a fazer no caso de serem atacados por um criminoso, a não ser pedir para Deus que nos livre do pior e aguardar pacientemente a chegada, sempre atrasada, da polícia.
            Estamos carecas de saber que os criminosos buscam sempre os alvos mais fáceis, e muitas vezes preferem ser pegos pela polícia a enfrentar uma vítima armada, por um simples motivos: a possibilidade de sair vivo com a polícia é maior.
            Faz todo sentido. O Estatuto do Desarmamento conseguiu fazer foi justamente eliminar esse elemento de surpresa da atividade dos criminosos: hoje eles podem entrar em qualquer residência ou comércio com a certeza quase absoluta de que não haverá armas no local, e de que a chance de se darem mal nessa ação será mínima.
            Basta um olhar racional para perceber num país com os índices de violência em nível alarmante, como é atualmente no Brasil, ter uma arma em casa é muito mais vantajoso e menos arriscado do que a maioria das pessoas imagina.
            Conversando comigo mesmo. Ora, se o Estado não faz sua parte e não consegue proteger o cidadão, este deve ter o direito de proteger a si mesmo e de proteger sua família.

                                                                 LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                 lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                    Advogado e mestre em Administração
   
           

            

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