segunda-feira, 18 de maio de 2015

A inadimplência dos brasileiros

            Vamos lá, leitor, exercitar um pouquinho essa situação. O indicador de dívidas em atraso apresentou, em abril, um aumento de 2,83 em relação a março. De acordo com o banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), foi o maior crescimento para o mês desde o começo da série história, em 2010. Na comparação com abril do ano passado, houve alta de 5,02%, o que mostra uma aceleração, já que em março a alta havia sido de 3,46% em relação ao mesmo mês de 2014.
            Tá ruço! Com este resultado, já são 55,3 milhões de devedores, números equivalente a 37,9% da população entre 18 e 95 anos. Logo, quatro em cada dez brasileiros estão com os seus compromissos em atraso. Analistas muitos severos travejam: “Eu bem que avisei”.
            Sem floreios ou academicismos, estamos em voo cego. A recessão está avançando no Brasil e deixando os trabalhadores cada vez mais pobres. Os efeitos da crise já podem ser sentidos. Basta ver os índices da inadimplência. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, esse quadro deve-se a falta de planejamento do brasileiro, também é reflexo do cenário macroeconômico, com desaceleração do PIB e aumento do desemprego.
            Percebe-se que o conselho “Compre mais e vote em mim”, dito por Lula, durante anos, ao povo brasileiro, não deu certo. A promessa de um ciclo longo de desenvolvimento centrado na expansão do mercado interno degenerou em uma bolha de consumo. Mesmo assim, o brasileiro continua ralando para pagar as contas, mas não perde o bom humor: “É pau, é pedra, é o fim de um caminho”.
            Esse é o retrato atual. O brasileiro sente no bolso o País parar e assiste a sucessivos escândalos. Pior, descobre a cada dia que uma turma em Brasília ganha a vida facilmente negociando e roubando o seu dinheiro, como contribuinte. O cenário político e econômico está sombrio. O céu está cinza e é difícil ver a luz do sol. Não há indícios de que o tempo vai virar. Pelo contrário. Os sinais apontam que virá um temporal, com consequências imprevisíveis.
            Cá entre nós, que vontade de tomar Doril! Não tenho estômago para tudo isso. Digam-me se não há motivo: Uma presidente que toma posse e não começa, que já nos primeiros meses se desmoraliza e se arrasta de derrota em derrota, sem nada propor ao País. Até onde vamos chegar? A resposta honesta séria, no mínimo, “é, pisamos na bola”.
            É aquela coisa: se não reagirmos, poderemos nos tornar um Estado falido, uma nação inviável e uma população que se encontra em situação crítica de insolvência.


                                                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                              lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                                                       Advogado e mestre em Administração
               

                

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