Os
jornais e revistas vêm publicando caudalosas edições especiais sobre esse tema,
que é de preocupação de todos nós brasileiros. E não é só. O assunto já transbordou para as
ruas, deixando o povo aflito, notadamente os torcedores que estão de olho na Copa.
O governo, por sua vez, está rouco de
tanto afirmar que isto não vai acontecer. Sei lá! Mas citando Machado de Assis,
tudo é possível. Principalmente neste período de tão pouca chuva sobre os
reservatórios.
Bom, fale o que quiserem falar, eu
vou continuar protestando e dizendo que o Brasil precisa sair desse imobilismo.
Acabar com o estigma de o Brasil pensar pequeno. E que deve romper com as
amarras da incúria da gestão administrativo-estratégica, onde esse setor
(energético), jocosamente apontado pela mídia como “Ministério do Apagão”.
O governo Federal, por não cumprir a
sua parte, deveria, pelo menos, encontrar uma fórmula que estimule o capital
privado a entrar no jogo, sem que a energia se torne cara demais. Mudanças nas
regras do setor, no ano passado, sob o pretexto de reduzir a conta de luz,
praticamente paralisaram o investimento privado em transmissão.
Ademais, a estrutura física do
sistema aumentou mais rapidamente do que a capacidade de administrá-lo. Será
necessário investir em redes inteligentes, e em maior capacidade de monitoramento,
para que o sistema se torne mais confiável. Enquanto o governo não se entender
com os investidores e ambientalistas, nossas luzes continuarão piscando.
Nesse cenário, o ex-diretor da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Dr.Edvaldo Santana, disse que,
por falta de investimento no setor, correremos até risco de apagão durante a
Copa. E mais: critica o erro da medida provisória que reduziu as contas de luz
e gerou uma conta de R$ 22 bilhões a pagar pelo contribuinte brasileiro.
Isso
tudo, acreditem, para maquinar a inflação e tirar louros eleitoreiros. O certo
era o governo pedisse para cada um de nós desligar uma lâmpada, sem precisar
acionar as térmicas elétricas. Pois utilizar essa fonte de energia faz com que
o consumidor tenha de pagar uma conta mais cara. É assim porque o governo não
quer falar em conservar energia, porque fica parecendo racionamento.
E paro por aqui, porque mais uma
vez, no meio de nossos encontros semanais, tomo conhecimento dessa triste e
vergonhosa realidade: risco de apagão na Copa do Mundo.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e
Administrador de Empresas
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