segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Gestão moderna



            Aprendemos com os gurus do mundo dos negócios que o sucesso não é questão de sorte, como muitos pensam. O sucesso é preparação, atitude mental, perseverança e disciplina.
            Não é à toa que poucos conseguem conquistar essas qualidades e chegar ao topo. Além disso, para se obter resultados surpreendentes, é necessária aquela essência de sonhe alto, pense grande, tenha coragem e ouse inovar.
            Quando vejo a derrocada do Grupo Eike Batista (empresas do “x”) e a difícil situação financeira da Petrobras acho que chegou a hora dos nossos gestores executivos saírem da zona de conforto e serem mais profissionais. É aquela coisa: ou você evolui ou não sobrevive.
            Isso fica cada vez mais evidente com a desilusão, ganância, cinismo e autointeresse dos atuais gestores, tidos como “modernos”. Em termos morais e sociais, isso é imperdoável. Estamos já pagando um alto preço por tais equívocos.
            Ora, quem já leu alguns dos princípios de Peter Druker sabe que essa trupe está na contramão do mundo corporativo. Ele ainda é considerado uma excentricidade da gestão moderna. Em um campo notoriamente propenso a novidade e modismo, os conceitos de Druker continuam a ser reverenciados.
            Na verdade, Druker enxergava a gestão não como uma ciência, mas como uma arte generosa. Criticava, já naquela época (1950 a 1970), arduamente os altos salários de executivo. À medida que a remuneração dos executivos aumentava e a ideia de que a empresa deveria ter outro propósito além de produzir lucros diminuía. A diretoria de Eike Batista é um bom exemplo: pelo menos dez executivos saíram com mais de R$ 100 milhões no bolso.
            A falta de gestão administrativa tornou-se sinônimo de dores de cabeça e confusão para muita gente. Outra boa lição, dessa deficiência, vê-se na esfera do governo Federal: com um PIB mixuruca, superávit fiscal frouxo, inflação no teto, balança desbalanceada, e sem o ingrediente novidadeiro da Bolsa Família. Não só entendo como não vejo ironia em dizer que gestão não é a “praia” de muito deles e por isso fazem besteira.
            Sem truque semântico, o grande legado de uma administração pública é o modelo de gestão qualificada: o reconhecimento da meritocracia, a adoção de uma política de resultados, o incentivo aos bons servidores e às boas práticas. Qualquer dedinho de prosa sobre o assunto vai ver que não há mais espaço para a estratégia de empurrar com a barriga os problemas de gestão.
            Portanto, vale à pena perder (ou ganhar) um tempinho e ler alguma coisa sobre os fundamentos da boa gestão. Antes tarde do que nunca.


                                                                  LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                   lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                   Advogado e Administrador de Empresas
                       

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