Há
um verbo em desuso que merece ser revitalizado: aprender. E foi através do livro
“Meus Caminhos pela Vida”, recentemente publicado pela Editora Meta, do
professor Antônio Cavalcante, que pude refletir o quanto esse verbo é
importante na postura competitiva: não é daquele cara que almeja atingir o topo
de qualquer maneira, e sim daquele que extrai de algo superior o estímulo para
encontrar o próprio caminho para vencer a si mesmo.
A referida obra é uma autobiografia
desse apaixonado pelo ofício de ser professor. Redigido de modo claro e
objetivo, sem decair no falso moralismo ou na verborragia hipócrita de certos
escritos. Um autêntico flashback cinematográfico, onde ele rebobina todo o
filme sobre a sua vida, sem dar espaço para embromation.
Bacana mesmo foi ele confessar - com
muito orgulho - que é filho de família muito humilde, nascido na raiz mais
profunda do cariri paraibano (cidade de Boa Vista), que começou a trabalhar
antes de completar dez anos de idade como botador de água nas casas de família,
vendedor ambulante de produtos caseiros, lavador de queijos de coalho, auxiliar
de venda de algumas bodegas, auxiliar de padaria, cortador de palmas
forrageiras, tratador de animais para alguns criadores no lugarejo e outras
tarefas de menor importância para um jovem sonhador.
Transpirando verdade, sentimentos à
flor da pele, o professor Cavalcante, conhecido pela sua simpatia, bem-educado
e impecável no trato, mostra que venceu na vida profissional sem precisar de
pedigree, nem de pistolão. Prevalecendo-se em todo o tempo a “aristocracia do
mérito”. Que emana do concurso público.
Mesmo quando foi preso inocentemente
pelo Regime Militar (1965), ele não se abalou. Tinha consciência que precisava
continuar lutando, sonhando e olhando sempre para frente, sabendo que a vida
somente acaba para os fracos e os pessimistas.
Fiquei surpreso quando esse ilustre
professor de economia citou uma frase extraída num dos meus artigos publicados
aqui neste periódico: “Nós nascemos sem pedir e morremos sem querer – Lincoln
Cartaxo (ex-aluno)”. Claro que isso me
comoveu, notadamente porque é uma frase que gosto de fazer referência para
provar àqueles desavisados que nessa vida somos todos parecidos e ninguém vale
mais, nem menos, um tostão.
O resto da história do livro vocês
já podem imaginar. E como toda história que se preza, o professor Cavalcante e
toda sua família viveram (continuam vivendo) felizes para sempre.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e Administrador de Empresas
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