segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Desrespeito à lei



            É sabido que o meio ambiente equilibrado constitui valor protegido por lei, tendo a mobilidade urbana, a qualidade sonora e o bem estar da população como seus pressupostos essenciais.
            Ora, ora... Só que o Supermercado Manaíra, localizado no bairro que leva seu nome, pouco está se lixando para esses preceitos. Pode parecer exagero, mas para chegar ao meu prédio residencial, sito à rua Dr.João Franca, tenho que rodear o quarteirão, porque no entorno desse estabelecimento comercial há uma verdadeira frota de caminhões, carretas e toda espécie de veículos automotores abastecendo-o irregularmente; o que deixa qualquer especialista na área de cabelo em pé.
            Qualquer pessoa com mínimo de bom senso sabe o que está acontecendo ali é uma aberração. Não se trata de picuinha de minha parte. Expressar tal imbróglio é um dever. O referido supermercado virou para-raios de problemas a moradores que residem nas proximidades. Um retrato de desrespeito à lei? Sim, claro. Às vezes, acho até irônico quando passo por esses infratores da lei, fico quieto, finjo que eu estou errado e eles estão absolutamente certos.
            Beiramos o ridículo ao falar nisso. Pois chega a ser surreal o cenário (caótico), com as calçadas abarrotadas de mercadorias, pessoas atravessando as ruas ao transportar os produtos, as esquinas tomadas por caminhões e os seus condutores ávidos para abastecer o supermercado, isso por todo o dia e se estendendo até o período noturno. Como não bastasse, tornando-se o tráfego perigoso para todas as pessoas que lá circulam. Verdadeiro efeito tiririca: pior do que está, não fica.
            Incomodam-me o descaso e a omissão das autoridades quando vejo, ainda, que a população residente num raio de cem metros do citado estabelecimento não consegue dormir normalmente, devido à poluição sonora diurna, vespertina e noturna causada permanentemente pelo funcionamento anormal dos maquinários da refrigeração e do barulho estarrecedor de “carga e descarga” das mercadorias. A mim me parece que extrapolou o limite da tolerância.
            Como falam, meu Deus, cadê a fiscalização? Porém, não podemos nos omitir, deixando que prevaleça o privilégio de “poucos” simplesmente porque assim desejam. Não podemos enterrar a cabeça na areia, e pronto. Por isso que um grupo de moradores providenciou recentemente um ofício endereçado à SEMOB-JP, onde também subscrevi, no qual foi contundente, sem enrolar, corajoso e firme nos argumentos e fatos.
            Restam-nos então torcer para que as providências da autoridade competente se sobreponham a essa deprimente realidade.


                                                         LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                          lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                           Advogado e Administrador de Empresas

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