É sabido que o meio ambiente
equilibrado constitui valor protegido por lei, tendo a mobilidade urbana, a
qualidade sonora e o bem estar da população como seus pressupostos essenciais.
Ora, ora... Só que o Supermercado
Manaíra, localizado no bairro que leva seu nome, pouco está se lixando para
esses preceitos. Pode parecer exagero, mas para chegar ao meu prédio
residencial, sito à rua Dr.João Franca, tenho que rodear o quarteirão, porque
no entorno desse estabelecimento comercial há uma verdadeira frota de
caminhões, carretas e toda espécie de veículos automotores abastecendo-o
irregularmente; o que deixa qualquer especialista na área de cabelo em pé.
Qualquer pessoa com mínimo de bom
senso sabe o que está acontecendo ali é uma aberração. Não se trata de picuinha
de minha parte. Expressar tal imbróglio é um dever. O referido supermercado
virou para-raios de problemas a moradores que residem nas proximidades. Um
retrato de desrespeito à lei? Sim, claro. Às vezes, acho até irônico quando
passo por esses infratores da lei, fico quieto, finjo que eu estou errado e
eles estão absolutamente certos.
Beiramos o ridículo ao falar nisso.
Pois chega a ser surreal o cenário (caótico), com as calçadas abarrotadas de
mercadorias, pessoas atravessando as ruas ao transportar os produtos, as
esquinas tomadas por caminhões e os seus condutores ávidos para abastecer o
supermercado, isso por todo o dia e se estendendo até o período noturno. Como
não bastasse, tornando-se o tráfego perigoso para todas as pessoas que lá
circulam. Verdadeiro efeito tiririca: pior do que está, não fica.
Incomodam-me o descaso e a omissão
das autoridades quando vejo, ainda, que a população residente num raio de cem
metros do citado estabelecimento não consegue dormir normalmente, devido à
poluição sonora diurna, vespertina e noturna causada permanentemente pelo funcionamento
anormal dos maquinários da refrigeração e do barulho estarrecedor de “carga e
descarga” das mercadorias. A mim me parece que extrapolou o limite da
tolerância.
Como falam, meu Deus, cadê a
fiscalização? Porém, não podemos nos omitir, deixando que prevaleça o
privilégio de “poucos” simplesmente porque assim desejam. Não podemos enterrar
a cabeça na areia, e pronto. Por isso que um grupo de moradores providenciou recentemente
um ofício endereçado à SEMOB-JP, onde também subscrevi, no qual foi
contundente, sem enrolar, corajoso e firme nos argumentos e fatos.
Restam-nos então torcer para que as
providências da autoridade competente se sobreponham a essa deprimente
realidade.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e
Administrador de Empresas
Nenhum comentário:
Postar um comentário