Aprendemos com os gurus do mundo dos
negócios que o sucesso não é questão de sorte, como muitos pensam. O sucesso é
preparação, atitude mental, perseverança e disciplina.
Não é à toa que poucos conseguem conquistar
essas qualidades e chegar ao topo. Além disso, para se obter resultados
surpreendentes, é necessária aquela essência de sonhe alto, pense grande, tenha
coragem e ouse inovar.
Quando vejo a derrocada do Grupo
Eike Batista (empresas do “x”) e a difícil situação financeira da Petrobras
acho que chegou a hora dos nossos gestores executivos saírem da zona de
conforto e serem mais profissionais. É aquela coisa: ou você evolui ou não
sobrevive.
Isso fica cada vez mais evidente com
a desilusão, ganância, cinismo e autointeresse dos atuais gestores, tidos como
“modernos”. Em termos morais e sociais, isso é imperdoável. Estamos já pagando
um alto preço por tais equívocos.
Ora, quem já leu alguns dos
princípios de Peter Druker sabe que essa trupe está na contramão do mundo
corporativo. Ele ainda é considerado uma excentricidade da gestão moderna. Em
um campo notoriamente propenso a novidade e modismo, os conceitos de Druker
continuam a ser reverenciados.
Na verdade, Druker enxergava a
gestão não como uma ciência, mas como uma arte generosa. Criticava, já naquela
época (1950 a 1970), arduamente os altos salários de executivo. À medida que a
remuneração dos executivos aumentava e a ideia de que a empresa deveria ter
outro propósito além de produzir lucros diminuía. A diretoria de Eike Batista é
um bom exemplo: pelo menos dez executivos saíram com mais de R$ 100 milhões no
bolso.
A falta de gestão administrativa
tornou-se sinônimo de dores de cabeça e confusão para muita gente. Outra boa
lição, dessa deficiência, vê-se na esfera do governo Federal: com um PIB
mixuruca, superávit fiscal frouxo, inflação no teto, balança desbalanceada, e
sem o ingrediente novidadeiro da Bolsa Família. Não só entendo como não vejo
ironia em dizer que gestão não é a “praia” de muito deles e por isso fazem
besteira.
Sem truque semântico, o grande
legado de uma administração pública é o modelo de gestão qualificada: o
reconhecimento da meritocracia, a adoção de uma política de resultados, o
incentivo aos bons servidores e às boas práticas. Qualquer dedinho de prosa
sobre o assunto vai ver que não há mais espaço para a estratégia de empurrar
com a barriga os problemas de gestão.
Portanto, vale à pena perder (ou
ganhar) um tempinho e ler alguma coisa sobre os fundamentos da boa gestão.
Antes tarde do que nunca.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e Administrador de Empresas
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