terça-feira, 7 de agosto de 2012

Consumo e consumidores

       Na verdade escrevo para desopilar um pouco, já confidenciei isso aqui. Mas, com o tempo, descobri que a interatividade com o leitor passou fazer a real diferença. Deixando, assim, para trás aquele pensamento inicial, quiçá, de primarismo e de amadorismo.
            Nessa relação compartilhada, nosso pesquisador-economista Antonio Cavalcante, mestre lá no meu curso universitário, um “generoso cúmplice” na leitura dos meus artigos, e que de forma graciosa presenteou-me com seu livro, chamado por ele de plaqueta, versando sobre “o consumo e o comportamento do consumidor como estimulante da atividade econômica”.
            Inédito? Não. Mas nunca li algo alusivo ao assunto com ideias condensadas num texto enxuto e descomplicado. É, pode crer! Se há uma pessoa fascinada pelo universo do estudo do “consumo” e ao mesmo tempo grilada com este, sou eu.
            Infelizmente, o espaço é exíguo para fazer um comentário de tamanha importância. Porém, na obra do professou Cavalcante, destaco a soberania do consumidor em relação à compra e venda de bens e serviços, cujo poder é exercido à medida que existe concorrência entre os produtores. O receio é que essa soberania tende a ser neutralizada pelos mecanismos impositivos da concorrência monopolista e pela influência da publicidade (armadilhas!).
            O referido professor, com muita propriedade, mostra que o consumo é o início e o fim de todas as atividades econômicas. Se não houvesse necessidades, não haveria consumo; sem consumo, não se justificaria as atividades econômicas. Ou seja, o consumo é o dínamo que impulsiona a economia e a razão de ser das atividades econômicas.
            E eu diria: Na ponta do lápis, em todo o mundo, sabe-se que a economia é essencial para o indivíduo, a fim de que não só viva, mas viva bem, e cada vez melhor, como meio de realizar o conteúdo humano de sua existência.
            Tenho a exata noção de que o Brasil se tornou uma vedete no mundo emergente, atraindo admiração e investimentos, mas que ainda não descobriu o princípio de soberania do consumidor, peça-chave do mercado.
            Os bens de produção existem em função do consumo. Aumentando a produção é contribuir para o desenvolvimento da nação. Então vamos apelar para que os nossos agentes da atividade econômica cumpram com tais regras. Se não professo Cavalcante, como diz Chico: vamos cobrar com juros. Juro!


LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e Administrador de Empresas

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