quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Basílica da Sagrada Família

            Escrevo este artigo ainda sob o impacto (no bom sentido) que me causou a viagem à Barcelona. Em especial a visita que fiz a basílica da Sagrada Família. Projeto do famoso catalão Antoni Gaudí, religioso e arquiteto. Costumava dizer “meu cliente não tem pressa”, referia-se a Deus, explicando porque a construção desse templo cristão estava demorando tanto para ficar pronta.
            Passando os olhos na sua biografia, verifica-se que Gaudí, aos 26 anos, já era um baita, imenso, tremendo artista. Brilhante, minucioso ao extremo, naturalista e historicamente incomparável. Percebia como ninguém que o mundo natural está repleto de formas curvas, não de linhas retas. Assim, concebeu seus edifícios de uma premissa simples: se a natureza é obra de Deus, e se as formas derivam da natureza, então a melhor maneira de venerar a Deus é projetar edificações que sejam um reflexo da obra divina.
            Em Barcelona, sua terra natal, a sua arquitetura assume foro cultural, num ambiente essencialmente funcionalista de uma cidade de desenvolvimento industrial.  Deixa-nos como legado, além da basílica da Sagrada Família, outros monumentos importantes, a exemplo do Parque Güell, Palácio Güell, Casa Milà, Casa Vicens, Portão Fina Güell, Casa Batlló, Cripta da Colônia Güell...
            A obra da Sagrada Família, chega a desafiar o impossível. É indiscutível e sem limites. Parece ilógico. Parece ficção de pedigree de Steven Spielberg. Um detalhe que me chamou a atenção foi que os guias turísticos falam dele como uma verdadeira entidade.
            Fiquei ali com os olhos fechados e de joelhos, por reverência ao mestre Gaudí. Foi quando um homem, com sotaque carregado no espanhol, que estava ao meu lado, puxando conversa, perguntou-me se eu tinha visto coisa igual, sublime, próxima da divindade.
            Nesse cenário, misturando sentimento de euforia, empolgação e surpresa, um rapaz brasileiro (quem diria!) sussurrava ao outro: “Cara! Ele é muito genial!”. Tal qual, perplexo e encantado, exclamei: Nossa! Para mim é a maior epopeia artista da história da humanidade.
            Gosto de falar aos amigos: em nossa idade, depois de meu século, a emoção já percorreu estradas, dobrou esquinas e topou encruzilhadas. Ainda continuo me emocionando diante de uma mente iluminada como de Gaudí. Vê sua obra é como uma lufada de oxigênio diretamente no cérebro.
            Percebi, enfim, que ali tudo é encantador e profundo, e que incentivam as pessoas a pensar grande, a pensar alto, mostrando-nos como transformar os sonhos em realidade. É só visitar para conferir!

                                                 LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                 lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                 Advogado e Administrador de Empresas
                               

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