segunda-feira, 13 de junho de 2011

O inesquecível Costa Fortuna

       O Costa Fortuna pode ser considerado com rigor um dos navios de passageiro mais bonito jamais construído na Itália quanto a luxo, elegância e grande conforto. O tema central em que se inspiram os ambientes desse navio é o mais místico entre os transatlânticos italianos do passado: Rex, Vulcania, Conte di Savoia, Raffaello.
            Ao ler uma matéria sobre essa magnífica embarcação, veio-me à mente a viagem que fiz nele em 2007, num deslumbrante cruzeiro de sete dias. Roteiro: zarpamos de Salvador, depois navegamos para Ilhéus, Ilhabela, Santos, Rio de Janeiro, retornando a Salvador. Nessa viagem, como diria Pablo Neruda: “Confesso que vivi!”.
            Fraseando também o nosso escritor paraibano Ariano Suassuna: “Todo penso é torto”. Realmente estava equivocado ao pensar que o navio balançava quando estivesse navegando. Ledo engano, mesmo depois ter tomado algumas doses de um bom scotch, nada senti, a não ser o tilintar do gelo no copo.
            Pouco a pouco, fui me dando conta do que havia à minha volta neste mundo de sonho. Além da pompa e da arquitetura funcional, os seus interiores estavam devidamente decorados com uma série de obras de arte, inspirado pelo que há de mais bonito na cultura da Itália.
            Durante o dia, brincávamos de “fast-food”, tremenda festança de comida. Às noites, na horinha, exatamente às 19:45 hs., era nos oferecido um jantar no luxuoso Ristorante Michelangelo (à la carte) para degustar a famosa comida italiana. Ah, sim, era como se tivesse ali reunido todo “hith society” do Brasil. E meu paletó?  Você precisava ver! Coisa fina... Tá pensando o quê?
            E o melhor: após o jantar, seguíamos em direção ao Gran Bar Conte Di Savoia para assistir e dançar ao som de dois conjuntos musicais maravilhosos. Nesse cenário de festa de arromba, destaque para talentosa cantora (uma galega) que aguçava sensibilidade a flor da pele ao transitar com maestria o seu canto – destilando com sua voz em belíssimos momentos da “emepebê”.
            Ai, ai, a bem da verdade, nunca entrei num Cassino para jogar. Fiquei boquiaberto com a empolgação dos jogadores e o clima de glamour que os cercavam. Mesmo assim, não me intimidei e fiz a minha fezinha na roleta e, como era de se esperar, perdi!
            Prestes a desembarcar em Salvador, pela manhã, ponto final de nossa viagem marítima, desencadeou em mim um turbilhão de emoções ao ver o Sol pela última vez, cintilando na água azul do mar, regado e salpicado ainda pelos seus raios. Meu Deus! Uma visão de infinita beleza.
            E foi-se o que era doce. Fim de festa, fim de viagem!


LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e Administrador de Empresas

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