domingo, 15 de maio de 2011

O filho de Osama Bin Ladem

            Ao tomar conhecimento da morte de Osama Bin Ladem, até então, o homem mais procurado do planeta, veio-me a lembrança da reportagem/entrevista capitaneada pelo argucioso jornalista Guy Lawson com o filho desse terrorista, Omar Bin Laden, publicada pela revista Rolling Stone, de 10/03/2010, edição nº.42.
            Quando pensamos em psicopata, Osama é um protótipo perfeito, sujeito com cara de mau, de aparência descuidada, pinta de assassino, fanático religioso, desprovido de sentimento de compaixão, culpa ou remorso. Exagero?  Em hipótese alguma. Basta ver o atentado horrendo contra as torres gêmeas de Nova York. Embasbacados, manifestaram os estadunidenses: - Oh, my God! Escancarando de vez a notória americanofobia por guerra!
            Já o seu filho, Omar, 28 anos, objeto de tal matéria jornalística, foi o único dos onze irmãos que condenou publicamente a violência de seu pai. É impressionantemente parecido com o genitor: tem um nariz longo e largo, sobrancelha grossa, olhos penetrantes. Mais baixo e musculoso que Osama, tem cabelos pretos, longos com os de um astro de rock. Confirma de maneira categórica que o pomo de discórdia de seu pai levara ao terrorismo islâmico – covarde, sanguinário e assassino.
            Com desenvoltura e sem dá bola para as consequências de suas declarações, diz que seu pai não é um jihadista que luta pela liberdade ou um homicida em massa – “ele é um homem perdido, um pai imperfeito e fanático que conteve seu amor, surrou e traiu os próprios filhos e destruiu sua família na busca da fantasia de se tornar um profeta dos últimos dias”.
            Demonizado (para usar uma palavra tão em moda) por todos, Osama gostaria que o filho favorito, Omar, fosse o seu sucessor e que deveria liderar a Al Quaeda e fazer a jihad (guerra santa) global. Assim, vai soltando homeopaticamente outras revelações: que seu pai testava armas químicas em cachorros e, acredite, tentou fazer dele um homem-bomba.
            Mas não se iluda! A morte de Osama Bin Ladem não põe fim essa onda de “predadores sociais”, pois temos uma ruma de outros disfarçados de religiosos, bons políticos, bons amantes, bons amigos...  os quais transitam tranquilamente pelas ruas, cruzam nossos caminhos, frequentam as nossas festas, dividem o mesmo teto e, pasmem, até dormem na mesma cama.
             Caso retornem essas ações terroristas, o que é provável, a melhor defesa contra eles é a camuflagem. Faça-se de morto ou invisível ou coloque outro – de preferência um transgressor de regras sociais – no caminho de suas presas. Nessa arenga parece até, intramuros, trololó ou tática antiterrorista.
            Portanto, fiquem de olhos e ouvidos bem abertos, despertos e prevenidos. Bem, falei por falar. Será mesmo?

                                 
                                                                LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                     Advogado e Adm.Empresas
                                                                lincoln.consultoria@hotmail.com 

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