Adoro
frequentar livrarias. É um dos meus programas favoritos. E das coisas que me
impressionam, ultimamente, é a quantidade de publicações no campo da ética (com
destaque à corrupção). Não só no Brasil, mas no mundo todo.
Mesmo já enfronhado com a leitura
sobre o citado tema, fui tomado de surpresa quando estourou o recente escândalo
de corrupção na Paraíba. Quando esse desastre moral aconteceu, encontrava-me na
cidade de São Paulo, e assim fui recepcionado pela gerência do hotel onde eu
estava hospedado: “Doutor, boa tarde, que tsunami de corrupção esse na Paraíba?
Até o ex-governador foi preso”.
Foi um horror, morri de vergonha. Fazer
o quê, então? Quando me dei conta dessa realidade, tudo ficou claro. A prisão
do ex-governado Ricardo Coutinho e de outros, nessa sétima fase da Operação
Calvário, ficará marcado de forma negativa na história do nosso estado. Cujos
recursos milionários foram desviados da saúde e da educação – numa cultura do
vale-tudo e de desrespeito às leis.
As conversas telefônicas e as
deleções deixam clara a promiscuidade. Essa ilegalidade não é uma questão de
opinião. Ela aconteceu. Não há superbond que dê jeito nisso. Diante de fortes evidências
criminosas, há um clamor febril, delirante da nossa sociedade, por uma decisão
coerente, justa e legal.
O quadro é absolutamente calamitoso.
Uma carnificina moral. O retrato de hipocrisia e falsidade. Zona total. Eles,
os envolvidos, não disfarçam o cinismo, quando dá azo a versão semelhante:
“Estou tranquilo!...”. Agem como pit bulls agressivos, paranóicos e
inconsequentes, apoiados pelos aliados de esquerda, como sempre.
A verdade é que a onda de corrupção
na Paraíba descambou de vez para anarquia, para a ausência de pudor e de
vergonha. Apesar dos pesares, estamos esperançosos que essa corrupção deslavada
seja combatida e que os aproveitadores sejam punidos.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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