A
notícia da morte da jornalista e colunista político Lena Guimarães, 62 anos,
foi recebida com choque e tristeza no meio jornalístico da Paraíba e junto aos
seus leitores. Natural de Cajazeiras, como eu, berço cultural que lhe deu
rédeas largas para a sua brilhante carreira profissional.
Interessante. Não cheguei a
conhecê-la pessoalmente, apesar de termos tido uma convivência semanal, via internet,
desde 2007, através do encaminhamento semanal dos meus artigos - oportunidade
em que ela exercia a função de Diretora de Redação deste prestigiado periódico.
Para conhecer suas virtudes profissionais, bastava ler seus textos para ver que
era uma democrata convicta de corte liberal.
Lena, com ironia e visão ampla, era
capaz de descrever e antever questões da política paraibana e nacional. Era
destemida e autêntica que nunca se curvou diante dos desejos de poderosos. Sua
vida era rica em experiência e emoções vivas. Uma referência inspiradora. Alma
de repórter, com senso crítico de analista político.
Será, sim, muito difícil substituir
o profissionalismo e a credibilidade que ela tão bem emprestou à imprensa
paraibana. Seus textos tinham lufada de ar fresco que resgatava o senso de amor
pelo País, em meio a tanto ódio, raiva e disputas.
Ainda que em algumas vezes alguém
tenha discordado do que ela escrevia, o seu talento e a sua honestidade
intelectual sempre merecia o aplauso de todos os seus leitores. Lena, como
jornalista responsável, sabia olhar e não inventar fórmula que justificava ao
mesmo tempo seu interesse por fatos da vida cotidiana, num estilo realista,
fiel às descrições.
Não por acaso, Lena definia o
jornalismo no qual virou bordão: “Jornalismo com ética e paixão”. Foi espelho e
bússola para muitos colegas de profissão. Espécie de um pilar, uma mentora e um
exemplo. Escrevia dum jeito que todos entendiam e se encantavam.
Pode
notar aí: vai ser difícil haver outra Lena Guimarães. Meus pêsames à família.
LINCOLN CARTAXO DE
LIRA
Advogado e mestre em Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário