No
domingo retrasado (28/7) assisti no Bessa Grill a um show maravilhoso com os
remanescentes do Conjunto “Santanás”, “Os Selenitas” e “Across The Beatles”.
Grupos musicais que me fizeram voltar a um passado gostoso que amava Os Beatles
e Os Rolling Stones. Com os olhos fechados, viajei daquele momento para trás do
tempo já um pouco esquecido da minha memória, onde a música já me refrescava,
me renovava, me iluminava. O que foi bom ontem... Eternizamos hoje.
É aquela coisa: o que seria do seu
humano se não fosse as lembranças saudosas dos bons tempos! Tempos que a música
mostrava sentimentos vivos e profundos. Assim, tão logo cheguei do referido
show fui procurar nos meus guardados os discos de vinil que preservo com tanto
carinho e zelo. Uma verdadeira preciosidade.
Tal como os livros, os discos
garantem a perenidade física da música. Fiquei admirado quando li que a venda dos
discos de vinil registrou um aumento de 22,3%, quando a comercialização dos
meios físicos em geral apresentou declínio de 5,4%. Esse crescimento garantiu
ao bom e velho vinil abocanhar 3,7% do total do mercado de música gravada. Nada
mau para um formato que parecia morto.
Os discos de vinil, carinhosamente
chamado de bolachões, tiveram o seu domínio na música a partir de 1900 até o começo
dos anos 90. Depois, caíram diante do avanço do CD e de outros formatos de
áudio, como o MP3, até quase sumir do mapa.
A gravadora Rocinante se confirma em
seu próximo movimento: entre o fim de 2019 e o início de 2020 ela começará a
operar sua fábrica de vinis, com capacidade de produção de 1.600 discos por
dia. Há apenas outras duas em funcionamento no País, a Polysom e a Vinil
Brasil.
Fico feliz ver que essas feras da
música, que não “penduraram as chuteiras”, estão de volta à ativa, seja através
de show ou de disco de vinil. Ainda bem que venho de uma geração de belas
músicas.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário