Para mim, o Rio de Janeiro é a
cidade mais bela do mundo. Apesar do site gringo de viagens, U City Guides,
apontá-la em 5º lugar entre as mais bonitas do planeta, atrás apenas de Veneza,
Paris, Praga e Lisboa. Mesmo assim, uma posição privilegiadíssima.
Há quem diga que Deus criou o mundo
em 6 dias e guardou o sétimo para o Rio. Ela é abençoada por ter uma das mais
impressionantes vistas em todo mundo. Infelizmente, a violência está tirando o
seu brilho – virou um clichê intragável. É um déjà-vu recorrente.
Sinto nostalgia pelo tempo em que a
“Cidade Maravilhosa” era seduzida não só pela sua beleza, mas pela sua
tranquilidade, pela alegria e pelo despojamento do seu povo. Falou em leveza e
em bom humor: ah, só pode ser o carioca.
Escutei outro dia de um morador que
a situação do Rio de Janeiro é inquestionavelmente temerosa em relação à
violência. “Não vamos mais de carro para certos lugares. A preocupação é o
perigo no caminho, na hora de estacionar, tudo”. Já outro morador assim se
manifestou: “Praticamente não saímos mais de casa para se divertir. Estamos
vivenciando uma guerra civil camuflada”.
Ninguém há de negar que a violência
no Rio tem desestimulado a frequência de turistas, como também, tem desanimado
muitos cariocas a sair de casa à noite, alterando hábitos e traços culturais da
cidade. Os índices de criminalidade em alta, além da crise econômica,
representam um baque no setor de bares e restaurantes.
Que o Rio está uma violência sem
tamanho não é mais novidade. Basta checar a pesquisa Datafolha no começo de
outubro onde revelou que 72% dos cariocas diziam que, se pudessem, se mudariam
do Rio devido à violência. Um terço dizia ter mudado de rotina nas semanas
anteriores.
Pois é, e agora? Alguém tem que
fazer alguma coisa.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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