Abordei,
tempo atrás, de maneira bastante rápida, em um artigo, que a política
brasileira é pródiga em meias verdades, passadas de perna, falsas promessas.
Como também, em trapaças, fraudes, falácias, e otras cositas más.
Se estivéssemos um pouco mais
atentos, minimamente de olhos abertos, iríamos verificar que há mentiras
proferidas por nossos políticos para todo gosto. São hábitos que fazem parte do
jogo e que sempre existirão na zona cinzenta da política. Pincei na imprensa
algumas delas, com breve histórico. Vejamos.
“É bom o PSDB ter José Serra para
qualquer candidatura”, Aécio Neves, 2013 – Com dissimulação calculada de ambos
os lados, elogiavam-se em público e articulavam nos bastidores.
“Não houve mensalão”, Lula, 2012 –
Na política, negar o todo é sempre uma saída para não se reconhecer as partes.
“Vou sair incólume”, Celso Pitta,
1999 – Ele não foi um bom prefeito, tampouco saiu incólume.
“A viagem não foi para lazer ou
turismo”, Henrique Alves, 2013 – Ah, se os aviões da FAB falassem.
“O PIB passou para 1,5%”, Dilma
Rousseff, 2013 – Na ânsia de revelar números melhores para a economia brasileira,
a presidente acabou desmentida pelo próprio IBGE.
“Vou cumprir o mandato até o final”,
José Serra, 2005 – Romper um compromisso assinado lhe custou caro.
“Usa o helicóptero para cumprir os
compromissos”, Sérgio Cabral, 2013 – Até o cachorro Juquinha embarcou nessa
polêmica.
“Só quero uma choupana e um cigarro
de palha”, Itamar Franco, 1991 – De bobo não tinha nada, depois da presidência,
ainda governaria Minas Gerais e seria senador.
“Estarei com Dilma em 2014”, Eduardo
Campos, 2012 – Como um batedor de pênalti a mirar um lado do gol e cobrar no
outro.
“Eu não tenho conta na Suíça”, Paulo
Maluf, 2001 – O ex-prefeito mentiu e foi desmentido.
“Era para comprar panetones”, José
Roberto Arruda, 2009 – Encheu-se de espírito natalino para se defender das
acusações de corrupção.
“Não
tenho plano B. Meu partido é a REDE ou a REDE”, Marina Silva, 2013 – Não existe
política sem plano B.
“Ganhei 200 vezes na loteria”, João
Alves, 1993 – Poucos foram tão longe no quesito cara de pau.
Conclusão: de tudo uma coisa é
certa, mais do que uma frase de efeito, é uma dissimulação, uma promessa que
não passou do discurso.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e Administrador de Empresas
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