segunda-feira, 10 de março de 2014

Lorotas políticas



       Abordei, tempo atrás, de maneira bastante rápida, em um artigo, que a política brasileira é pródiga em meias verdades, passadas de perna, falsas promessas. Como também, em trapaças, fraudes, falácias, e otras cositas más.
            Se estivéssemos um pouco mais atentos, minimamente de olhos abertos, iríamos verificar que há mentiras proferidas por nossos políticos para todo gosto. São hábitos que fazem parte do jogo e que sempre existirão na zona cinzenta da política. Pincei na imprensa algumas delas, com breve histórico. Vejamos.
            “É bom o PSDB ter José Serra para qualquer candidatura”, Aécio Neves, 2013 – Com dissimulação calculada de ambos os lados, elogiavam-se em público e articulavam nos bastidores.
            “Não houve mensalão”, Lula, 2012 – Na política, negar o todo é sempre uma saída para não se reconhecer as partes.
            “Vou sair incólume”, Celso Pitta, 1999 – Ele não foi um bom prefeito, tampouco saiu incólume.
            “A viagem não foi para lazer ou turismo”, Henrique Alves, 2013 – Ah, se os aviões da FAB falassem.
            “O PIB passou para 1,5%”, Dilma Rousseff, 2013 – Na ânsia de revelar números melhores para a economia brasileira, a presidente acabou desmentida pelo próprio IBGE.
            “Vou cumprir o mandato até o final”, José Serra, 2005 – Romper um compromisso assinado lhe custou caro.
            “Usa o helicóptero para cumprir os compromissos”, Sérgio Cabral, 2013 – Até o cachorro Juquinha embarcou nessa polêmica.
            “Só quero uma choupana e um cigarro de palha”, Itamar Franco, 1991 – De bobo não tinha nada, depois da presidência, ainda governaria Minas Gerais e seria senador.
            “Estarei com Dilma em 2014”, Eduardo Campos, 2012 – Como um batedor de pênalti a mirar um lado do gol e cobrar no outro.
            “Eu não tenho conta na Suíça”, Paulo Maluf, 2001 – O ex-prefeito mentiu e foi desmentido.
            “Era para comprar panetones”, José Roberto Arruda, 2009 – Encheu-se de espírito natalino para se defender das acusações de corrupção.  
“Não tenho plano B. Meu partido é a REDE ou a REDE”, Marina Silva, 2013 – Não existe política sem plano B.
            “Ganhei 200 vezes na loteria”, João Alves, 1993 – Poucos foram tão longe no quesito cara de pau.
            Conclusão: de tudo uma coisa é certa, mais do que uma frase de efeito, é uma dissimulação, uma promessa que não passou do discurso.


                                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                        lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                        Advogado e Administrador de Empresas

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