domingo, 6 de janeiro de 2013

Gracias a la vida

            Digo sempre que meu bilhete premiado foi ter casado com a minha consorte.  Tipo de premiação que eu sempre desejei também para os meus filhos, no momento de encontrar a pessoa certa – através do amor – para dá sentido à vida cotidiana, fazendo com que cada dia seja especial, colorido e alegre.
            Nada de pieguice romântica, e sem querer ser versejador, aprendi cedo que amar significa aceitar um compromisso sem ter garantias, que dizer entregar-se completamente na esperança de que esse amor gere amor na pessoa amada. Senti mais forte essa percepção quando o diácono Eduardo Henrique (feitio do cantor Barry White: voz e aparência física) consagrou, na última sexta-feira, a união da minha querida filha Larissa com o seu noivo Andrés, de nacionalidade colombiana – às vezes, brincando, falo aos meus amigos (em referência) que ele não tem nenhum parentesco com o Pablo Escobar e tampouco tem qualquer simpatia com o movimento revolucionário FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colombia).
            Coisa do destino: uma brasileira e um colombiano com objetivos profissionais se aventuraram em terras australianas. Mal sabiam eles que alcançariam muito mais do que imaginaram: o amor um pelo outro e a vontade de estarem juntos para sempre!
            Em uma longa conversa que tivemos recentemente, dias antes da cerimônia, disse-lhes que existem muitos caminhos possíveis e muitos atalhos prováveis para mudar o mundo para melhor, mas apenas um é infalível: o do amor! Como dizem: O amor não tem cura, mas é o único remédio para todas as doenças.
            Foi uma cerimônia bonita, em que tivemos a oportunidade de brindar com os nossos amigos e familiares essa ocasião de felicidade esplêndida. Uma solenidade clássica, dentro dos padrões tradicionais como manda o figurino. Com registro de cenas mágicas e imorredouras.
            Bom... Transpirando sentimento à flor da pele, confesso que fiquei com os olhos marejados e fiz força para não chorar diante desse baque emocional. Tal esforço estava estampado em meu rosto. Puxa, era indescritível o júbilo e o orgulho deste pobre mortal.
            É bem verdade que meu coração encheu-se de paz, cheia da força de Deus. Esse bálsamo se tornou mais consistente quando ouvi, ainda na igreja, a justeza dos versos da bela canção “Gracias a la vida”, tão conhecida pela interpretação majestosa de Mercedes Sosa. Então, pude ver ali que só tinha que agradecer à vida por ter me dado tanto – “Graças a la vida que me há dado tanto”.
            A vocês, Larissa e Andrés, vida longa e amor eterno.


                                                                 LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                 lincoln.consultoria@hotmail.com.
                                                                 Advogado e Administrador de Empresas

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