domingo, 9 de dezembro de 2012

O racismo

       Para começo de conversa sou contra a política de cotas raciais no Ensino Superior, onde trás a tona o polêmico debate sobre a discriminação racial no País e a desigualdade social.
            Em 22/05/2007, neste mesmo espaço, através do meu escrito “Preconceito racial”, ali já manifestava minha posição contrária a esse método de regime, como forma de corrigir uma crise bombástica de injustiça social, como se branco lá não tivesse também a sua injustiça.
            O pano de fundo da contenda, eu dizia naquela oportunidade, está na escola elementar e na escola média, que continua na mais baixa escala de indigência. Fazendo com que os alunos (branco ou negro) sejam barrados no vestibular, não por suas raças, mas por não terem atingido o nível mínimo e básico de conhecimento para ingresso na Universidade.
            Às vezes me pergunto se vale a pena desperdiçar meu tempo lendo notícias sobre o racismo e, mais ainda, sobre a premissa equivocada do “mês da consciência negra”. No entanto, essa reflexão novamente me ocorreu - apesar de tantas alegações surrealistas desimportantes publicadas por aí afora - foi quando assisti à entrevista mordaz concedida pelo famoso ator Morgan Freeman ao apresentador televisivo Mike Wallace. Pinçando alguns trechos, vejam a sutileza impressionante de suas afirmações, que só a trágica ignorância não se deixa perceber.
            Mike: “Mês da consciência negra”, o que acha disso?
            Morgan: Ridículo.
            Morgan: Qual é o “mês da consciência branca”?
            Mike: Bem... Eu sou Judeu.
            Morgan: Ok! Qual é o “Mês da consciência judaica”?
            Mike: Não existe.
            Mike: E como vamos nos livrar do racismo?
            Morgan: Parando de falar sobre isso!
            Morgan: Eu vou parar de chamá-lo de branco... E o que lhe peço, é que pare de me chamar de negro!
            Morgan: Eu lhe conheço por Mike Wallace. Você me conhece por Morgan Freeman.
            Sob esse olhar, mesmo cercado de todos os “date vênia” de praxe, nada mais ilógico e descabido esse movimento de racismo, cujos argumentos são, no mínimo, tendenciosos e não refletem a realidade.

                                                LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                 Advogado e Administrador de Empresas


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