segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Homenagem merecida

       Até bem pouco tempo atrás, o Rio de Janeiro vivia o grande drama de uma sociedade desequilibrada e desigual, em que a linguagem da civilidade se esgotava diante da ascensão da violência. Graças à gestão do secretário José Mariano Beltrame essa situação começou a mudar. Depois de mais 40 anos nas mãos de traficantes e milicianos, as favelas cariocas, enfim, estão se libertando dos criminosos por meio do projeto Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
            Isto mesmo! Sob seu comando, 19 complexos das favelas do Rio já foram pacificados e voltaram a contar com a proteção do Estado. Interessante: não vi, até hoje, nenhuma expressão sua de onipotência e de autoritarismo. Associado ao caráter salvacionista messiânico de liderança.
            Vejo que nessa guerra do vale-tudo ou do faz-de-conta, a luta intestina dentro dos órgãos de segurança, a corrupção, a convivência com o crime e o despreparo profissionais têm de ser superado não só com a chegada de recursos necessários, mas com uma drástica mudança de mentalidade, apoiado num projeto de cidadania.
            Uma frase que me vem à cabeça (provérbio chinês) é que “atrás de um homem competente, há sempre outros homens competentes”. Pois bem, a história e a vida mostram a todo o momento que o modelo individualista está falido. Competência, planejamento, determinação, espírito de equipe e amor pelo que faz são qualidades essenciais que levaram Beltrame a ter o sucesso que tem na sua gestão.
            Considero-o um profissional com muito aprumo e tenacidade, que possui pensamento transgressor, livre, fora das “igrejinhas intelectuais” que se arvoram como os arautos de modernidade da segurança. Como diz no jargão futebolístico, joga com a cabeça.
            É, permitam-me dizer, quem contraria essa bandeira, está contaminado por vieses e caprichos do sistema. “Ele é um cara gente boa!” - sussurra, um dos seus colaboradores. Conceito este que está ligado à capacidade que as pessoas têm de encantar, de ser atenciosas ou simpáticas e de influenciar os outros a ter atitudes positivas. Com o queixo ereto e o olho seguro de suas convicções ideológicas, afirma: “Mexer com a esperança das pessoas, como estamos fazendo, é uma responsabilidade enorme”.
            Isto já era esperado. Nada mais justo (justíssimo!) a revista ISTOÉ homenagear o secretário Beltrame com o prêmio Brasileiro do Ano – Cidadania.


                                                  LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                   lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                   Advogado e Administrador de Empresas

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