terça-feira, 12 de abril de 2011

O inglês ainda é o rei

            Pensando no futuro, minha filha passou a estudar na Austrália, Griffith University, brevemente concluindo o Mestrado na língua inglesa e já se programando para ingressar no Doutorado, também em inglês. Interessante observar, profissionais jovens como ela, têm objetivos, olhos abrangentes, acreditam neles e estudam bastantes, com paixão e afinco para conquistar os seus sonhos. Confesso: virei seu fã bobão. Tudo bem, tudo bem, coisa de pai coruja.
            Fico reparando... Está exatamente aí o nicho de oportunidade. Independente das incertezas econômicas que envolvem os Estados Unidos e o Reino Unido, o idioma inglês ainda é o rei. Continuará, pois, dominando o mundo. Não adianta comentário adverso, tipo nota de rodapé, completamente inútil, prolixo e repetitivo, que não vai convencer; tampouco os gurus bobos de história universal. Cuja tese é de que, como os impérios, todos os idiomas dominantes tendem a perder posição.
            Afinal de contas, quando alemães negociam com brasileiros ou franceses negociam com angolanos, é provável que o façam em inglês. Conforme avaliação do banco de investimento Godman Sachs, previu que a economia chinesa superará a dos EUA por volta de 2027. Mesmo assim, os chineses não perdem tempo, estão aprendendo inglês, o que eleva a população anglófona do planeta em 20 milhões de pessoas por ano, segundo estimativas.
            Com sua sensatez, independente de matizes ideológicos, e longe dos “achistas” de plantão, Nicholas Ostlen no livro “The last língua franco”, ao acompanhar a ascensão e a queda dos idiomas, pergunta: como justifica a supremacia do inglês? Ora, os Estados Unidos expandiram o alcance do idioma por meio de seu poderio econômico e militar, de suas universidades mundialmente renomadas e de sua posição dominante na tecnologia e no entretenimento popular. Sacou? É preciso dizer mais?
            Um entendimento é certo: caso o inglês venha a ter um sucessor como idioma mundial, milhões de alunos teriam de começar a estudar essa nova língua, de tal maneira como hoje eles aprendem inglês. Ou seja: provavelmente o inglês será a língua franca do planeta pelo menos no período de vida das pessoas que estejam lendo este texto.
            Há tempos venho ruminando sobre o domínio do inglês. Costumo dizer que não existe conhecimento apressado, de afogadilho. Cito, além disso, o grande dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues: “Ser o maio do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e suficiente responsabilidade”.
            A regra é simples. Em qualquer ocasião que for beneficiado por alguma oportunidade de aprender o inglês, aproveite-se dela e faça-a capitalizar a seu favor. Você só tem a ganhar!


                                                    LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                     lincolnconsultoria@hotmail.com
                                                       Advogado e Administrador de Empresas

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